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Síndrome da Fadiga Crônica – Saiba Mais!

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Neurologia Geral

Publicado: 17 de novembro de 2021

A Síndrome da Fadiga Crônica (SFC) é caracterizada por uma fadiga acentuada, associada a um mal estar intenso e fora do comum, que não desaparece com o repouso e não pode ser explicada por uma condição médica subjacente.

Como nenhuma causa única foi identificada e porque muitas outras condições produzem sintomas semelhantes, a SFC pode ser difícil de diagnosticar. Continue a leitura deste artigo para saber mais.

Em que Consiste a Síndrome da Fadiga Crônica?

A síndrome da fadiga crônica, também conhecida como encefalomielite miálgica (EM), é uma doença que afeta o sistema nervoso. Pode ocorrer em qualquer idade e pode afetar crianças e adultos.

O termo ‘encefalomielite miálgica’ significa dor nos músculos e inflamação no cérebro e na medula espinhal. Para algumas pessoas, a condição pode ser desencadeada repentinamente por: uma infecção viral, uma exposição tóxica, um anestésico, uma imunização, uma gastroenterite ou um trauma. Em outras pessoas, pode se desenvolver lentamente ao longo de meses ou de anos.

Existem muitos subtipos dentro do espectro de síndrome da fadiga crônica. Cerca de 25 por cento das pessoas afetadas terão uma forma leve e serão capazes de ir para a escola ou de trabalhar em tempo parcial ou integral, reduzindo outras atividades. Cerca de 50 por cento terão uma forma moderada a grave e não poderão ir à escola ou ao trabalho. Outros 25 por cento sofrerão da forma grave e terão que ficar em casa ou na cama.

A síndrome é considerada como uma entidade única que pode causar cansaço intenso e significativo, e muitas vezes pode originar julgamentos de terceiros. Por isso, é importante afirmar que a síndrome não é uma doença psíquica, não é sinônimo de preguiça e não é derivada da falta de empenho.

Além disso, a síndrome não é consequência de depressão, apesar de ser possível ter a síndrome e um quadro depressivo associado.

Sinais e Sintomas

É muito importante frisar que a fadiga apresentada nesta síndrome não é exatamente parecida com o sintoma de cansaço. A síndrome é muito mais intensa: além de não ser resultado de atividades incomuns, ela atribui sintomas severos que não desaparecem após uma boa noite de sono ou um descanso.

Incapacidade de Realizar Certas Atividades

Um dos sintomas clássicos da síndrome da fadiga crônica é perder a capacidade de realizar atividades que costumavam ser parte da rotina usual do paciente. A queda no nível de eficiência do paciente usualmente perdura por seis meses ou mais.

Sintomas Fortes de Fadiga Após Atividade Física ou Mental

É comum que exercícios físicos e mentais causem uma fadiga anormal, até mesmo se tratando de atividades que usualmente não provocam esse sintoma. Esta condição é conhecida como mal-estar pós-esforço (MPE).

Essa provavelmente é a característica mais específica da doença. Após algum esforço, surge a sensação de tontura ou de cansaço grave que pode levar dias, semanas ou mais para se recuperar. Às vezes, os pacientes podem ficar presos em casa ou até mesmo ficar de cama por completo durante as crises.

Causas

A SFC possui inúmeras causas e se apresenta de maneiras diversas. Ela pode tanto se iniciar como uma doença similar à gripe (sem causador aparente), como também pode acontecer aos poucos.

Cerca de 60% dos casos acontecem após a manifestação de uma doença causada por vírus, como mononucleose ou gastroenterite. A síndrome atinge entre 60% a 80% das mulheres e é mais relatada nas idades de 40 a 59 anos.

As causas não são confirmadas, apesar da existência de especulações e de estudos sobre o assunto. Algumas das possíveis causas estudadas são: mononucleose, pneumonia por clamídia e HHV-6 (Herpes vírus 6).

Diagnóstico

Ainda não existem procedimentos exatos e específicos para um diagnóstico definitivo. Por isso, se faz necessária a realização de exames para excluir outras doenças que podem causar os mesmos sintomas que a síndrome da fadiga crônica.

Também é comum que as pessoas com síndrome da fadiga crônica tenham outros problemas de saúde ao mesmo tempo, como:

  • Distúrbios do sono;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Fibromialgia;
  • Depressão ou ansiedade.

Na verdade, há tantos sintomas sobrepostos entre a síndrome da fadiga crônica e a fibromialgia que alguns pesquisadores consideram os dois distúrbios como aspectos diferentes da mesma doença.

É importante encontrar um médico que não apenas tenha conhecimento da SFC, mas que possa sugerir maneiras de lidar com a doença. A escolha do tratamento irá variar e dependerá dos resultados dos testes adicionais.

Tratamento

Existem algumas alternativas de tratamento. Dentre elas estão a realização de exercícios físicos, terapia, dieta e medicamentos. Explicaremos alguns deles a seguir:

  • Medicamentos – Alguns problemas associados à síndrome da fadiga crônica podem ser melhorados com medicamentos, como antidepressivos ou os usados ​​para tratar a fibromialgia;
  • Exercícios Físicos – Não é qualquer tipo de exercício físico que ajuda na doença, mas sim programas de treino especializados, que têm o intuito de aliviar os sintomas gradativamente;
  • Terapia Cognitivo Comportamental – Esse tipo de tratamento possui uma parcela de auxílio importante na capacidade de reação, além de também proporcionar melhora hormonal quando o resultado do tratamento é eficaz.

Você pode manter um diário de suas atividades e sintomas para que possa controlar quanta atividade é demais para você. Isso pode ajudá-lo a evitar forçar muito nos dias em que se sente bem, o que pode resultar em uma “queda” em que você se sentirá muito pior mais tarde.

Assista ao vídeo abaixo e compreenda melhor a síndrome da fadiga crônica:

Mais Informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 1 de mar de 2019 e Atualizado em: 09 de junho de 2021

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