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Risco de Demência na Doença de Parkinson

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Doença de Parkinson

Publicado: 2 de março de 2021 | Atualizado: 22 de julho de 2021

Demência na Doença de Parkinson. O paciente que tem Doença de Parkinson (DP) apresenta maior risco de desenvolver demência, especialmente no final da doença.

‘Demência’ descreve um conjunto de sintomas que pioram gradualmente com o tempo e afetam a vida diária. Os sintomas de demência acontecem quando as células nervosas do cérebro são danificadas e eventualmente morrem.

Nem todas as pessoas com demência apresentam os mesmos sintomas, mas a condição geralmente envolve problemas de memória, de pensamento, de comunicação e de humor.

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Demência na Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo comum e incapacitante. Além dos sintomas motores clássicos, os não motores são amplamente aceitos como parte do quadro clínico do paciente.

O declínio cognitivo é um aspecto importante do desenvolvimento da doença, uma vez que traz uma carga adicional significativa para o paciente e os cuidadores, levando a uma qualidade de vida (QV) significativamente deteriorada.

A Doença de Parkinson costuma evoluir desde o diagnóstico até o final ao longo de 20 anos. Normalmente, o maior risco de desenvolver a demência ocorre no ¼ final da doença, por diversos fatores:

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  • Distúrbios do sono (sono fragmentado; não estar dormindo bem);
  • Somatória de lesões neuronais;
  • Danos ao cérebro por outras doenças;
  • Depressão não tratada;
  • Pela própria doença.

Risco de Demência na Doença de Parkinson

O desenvolvimento da demência na Doença de Parkinson não é obrigatória e, na maioria das vezes, não ocorre da mesma forma que no Alzheimer, é mais lento e mais gradativo. Afeta as funções executivas (processo cognitivo responsável pelo planejamento e execução de atividades, incluindo iniciação de tarefas; memória de trabalho; atenção sustentada; etc), dificultando a realização das atividades de vida diária do paciente (AVD’s).

A demência na DP não atinge primeiramente a memória (ficar esquecido), pode afetar em algum momento do desenvolvimento da doença, mas não obrigatoriamente. Quando a demência já está instalada, apresenta um formato de alterações celulares que podem ser parecidas com as alterações no Alzheimer. Apresentando, também, alteração nas proteínas beta-amiloide e tau, e assim começa a desenvolver um processo degenerativo similar à Doença de Alzheimer. Porém, isso tipicamente acontece no final da doença.

Ainda não se sabe completamente porque algumas pessoas com Parkinson sofrem de demência. Não é totalmente possível prever quem será afetado, mas existem fatores que colocam certos grupos de pessoas em maior risco:

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  • Idade: É raro alguém com mal de Parkinson com menos de 65 anos desenvolver demência;
  • Alucinações ou delírios no início da DP;
  • Diagnóstico tardio;
  • Membro da família teve ou tem demência.

Possibilidades de Tratamento

Embora ainda não haja cura, existem medicamentos que ajudam a controlar os sintomas. Esses medicamentos são chamados de inibidores da colinesterase e podem ajudar nos problemas de memória. Os problemas do sono podem ser controlados por suplementos, como a melatonina.

Como as pessoas com Parkinson geralmente são muito sensíveis aos medicamentos, qualquer novo medicamento precisa ser revisado com o médico da pessoa para evitar uma possível contra-indicação.

Como Controlar as Alucinações?

Às vezes, reconhecer a alucinação e, em seguida, mudar de assunto pode ser uma maneira eficiente de lidar com as frustrações que ocorrem por causa de uma alucinação. Se as alucinações precisarem de tratamento, seu médico pode sugerir algumas opções. No entanto, muitos dos medicamentos usados ​​para tratar as alucinações podem piorar os sintomas de movimento.

Como Melhorar o Sono?

À noite, iniciar uma rotina de “apagar as luzes”, que acontece todos os dias no mesmo horário, onde todas as cortinas são fechadas e as luzes apagadas, pode ajudar a pessoa a entender que é hora de dormir.

Durante o dia, abrir as cortinas, permitindo que a pessoa passe o máximo possível à luz do dia, evitando cochilos e organizando atividades estimulantes, pode ser útil. Ter muitos calendários e relógios em cada cômodo também pode ajudar a reduzir a confusão sobre a hora do dia.

Terapias Complementares

A terapia da fala pode ajudar a melhorar a comunicação entre pessoas com Demência de Parkinson e outras pessoas. A fisioterapia pode ajudar a fortalecer e a alongar os músculos rígidos e ajudar a prevenir quedas.

A literatura científica já demonstrou que o exercício físico ajuda a melhorar a saúde do cérebro e melhora o humor e a boa forma geral. Uma dieta balanceada, um sono suficiente e uma ingestão limitada de álcool são outras formas importantes de promover uma boa saúde cerebral.

Outras doenças que afetam o cérebro, como diabetes, pressão alta e colesterol alto, também devem ser tratadas, se presentes.

Quer saber mais sobre este assunto? Assista ao vídeo abaixo:

Mais Informações sobre demência na Doença de Parkinson na Internet:

Artigo Publicado em: 16 de fev de 2018 e Atualizado em: 02 de março de 2021

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Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.

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