Insônia e Doença de Parkinson são distúrbios do sono e do movimento, respectivamente, que podem receber prescrição de Medicamentos Neurológicos para tratamento, assim como, diante de quadros de tremores e doenças autoimunes, e é sobre isso que vamos abordar.
Na Neurologia, temos medicamentos que destacam-se em casos de problemas no sono, seja por falta ou excesso, Doença de Parkinson e Parkinsonismo, tremores e doenças autoimunes.
Definimos como patologias do sono quando está presente em excesso, em que a pessoa apresenta muito sono durante o dia e até à noite, ou há falta de sono, que caracteriza-se por insônia ou pela dificuldade em ter continuidade do sono, por exemplo.
No primeiro caso, precisamos, inicialmente, investigar a causa do problema, que pode ser diversa, como Doença de Parkinson e narcolepsia para episódios diurnos, ou apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e sono fragmentado para quadros noturnos.
Os antidepressivos possuem uma indicação clássica para quando queremos promover uma indução do sono, tais como:
Nesses casos, o médico especialista em Neurologia tende a indicar medicamentos estimulantes de diferentes naturezas, tais como:
Apesar da eficácia, o paciente precisa estar ciente de que apresenta interação com álcool, aumentando os efeitos da bebida, e piora os quadros patológicos de ansiedade, o que reforça a necessidade de consultar um especialista e informar as suas desconfianças e seus diagnósticos confirmados para que os devidos medicamentos sejam recomendados em cada caso.
Em alguns casos de patologias relacionadas à falta de sono podemos prescrever medicamentos hipnóticos, considerados indutores de sono, em que destacam-se as drogas ‘Z’, como:
Chamamos de doenças autoimunes quando o corpo se ataca, ou seja, atingindo elementos do sistema autoimune, que produz células brancas e anticorpos, como neurônios ou bainha de mielina, provocando sintomas neurológicos.
O principal medicamento neurológico para doenças autoimunes é o corticoide, derivado do cortisol, um hormônio que temos no corpo, responsável por modular a resposta do sistema imune, controlando a atividade na região.
A depender de cada caso, pode ser em forma de pulsoterapia (metilprednisolona), endovenosa ou oral (dexametasona), ou prednisona, em que cada uma corresponde tradicionalmente a um quadro.
Imunoglobulina são anticorpos que temos circulando no sangue para combater bactérias, vírus ou outro elemento. E podemos estimular a sua produção em pessoas saudáveis para imunizar o corpo ou retirar anticorpos que estão nos atacando.
Os imunomoduladores atuam modulando a resposta do sistema imune de forma específica, fazendo com que o corpo não ataque o cérebro e controle a condição, como no caso de esclerose múltipla ou doença de Devic.
Podem ser encontrados em forma de injetáveis (interferons ou Copaxone) ou injetáveis biológicos (natalizumabe, ocrelizumab e alentuzumabe), ou orais (fumarato, dimetilo ou fingolimode).
Como o próprio nome sugere, são responsáveis por suprimir o sistema imune, diminuindo a sua atividade global para que seja possível controlar determinadas patologias da Neurologia, assim como é eficaz em casos de transplante de órgãos ou doenças hematológicas, oncológicas e reumatológicas, por exemplo.
Mas como médico especialista em Neurologia, posso prescrever azatioprina ou ciclofosfamida diante da necessidade de controlar doenças como a miastenia gravis ou imunológicas extremamente graves e agressivas.
No entanto, não sem antes avisar dos riscos de aumentarem as chances de exposição a infecções oportunistas e complicações decorrentes do medicamento, que igualmente modifica a função do sistema imune e apresenta efeitos colaterais significativos.
Para os pacientes com Doença de Parkinson ou tremores, os principais medicamentos neurológicos são agonistas dopaminérgicos, amantadina, anticolinérgico, inibidores da COMT, levodopa e primidona e propranolol.
Entre os agonistas dopaminérgicos destacam-se:
Mas apresentam como efeitos colaterais alterações de comportamento, compulsão por doces, edema (especialmente, nos membros inferiores), jogo patológico e sonolência. Além de ser possível observarmos alucinações e confusão mental quando prescrevemos doses mais altas.
Apesar de não ser uma molécula potente nem amplamente utilizada por poder provocar problema renal, acumular no corpo e dar cardiotoxicidade, atua no receptor NMDA e na Doença de Parkinson, tem efeito dopaminérgico, melhora o tempo de on e controla a discinesia.
Sem contar que tem como efeitos colaterais alucinações, confusão mental, piora do cognitivo (especialmente, no caso de idosos que já tomam muitos medicamentos) e tendências psiquiátricas alteradas.
Os medicamentos anticolinérgicos (biperideno e triexifenidil) são responsáveis por inibir a ativação dos receptores de acetilcolina, melhorando alguns elementos da DP (Doença de Parkinson), como tremores e distonias.
Inibidores da COMT são considerados uma enzima que quebra a molécula da dopamina no cérebro para ter o seu efeito ou da levodopa ministrada por mais tempo, desde que ambos sejam prescritos para apresentarem o efeito desejado, principalmente porque o inibidor da COMT prolongada o efeito e a concentração da levodopa.
A levodopa é o principal medicamento para o Parkinson, independentemente se está no início, meio ou final do tratamento, uma vez que é capaz de compensar a falta de dopamina característica da doença, sendo considerada uma pré-droga que transforma a dopamina no cérebro.
E, normalmente, é prescrita em associação com outra molécula (benserazida ou carbidopa) para inibir a transformação da levodopa em dopamina no tubo digestivo e sangue periférico, devendo ocorrer somente no sistema nervoso central.
No entanto, pode causar como efeitos colaterais edema nas pernas, queda de pressão, sintomas gastrointestinais, sonolência e alucinações diante de doses muito altas.
Nos casos de distúrbios do movimento, como tremor essencial, em que o tremor acontece durante o movimento, existem medicamentos neurológicos clássicos, sendo a primidona e o propranolol.
A primeira é um anticonvulsivante que pode dar sonolência, enquanto o segundo é um anti-hipertensivo que depende de 2 ou 3 doses por dia para funcionar nesses casos de tremor essencial, porém, não é recomendado para quem tem asma, bronquite e arritmias por bloqueio.
Diante da diversidade de Medicamentos Neurológicos para Insônia, Doença de Parkinson e até doenças autoimunes, agende uma consulta para que possamos investigar o seu quadro e indicar o melhor remédio para você, focando no seu bem-estar e na sua qualidade de vida.
A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.
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Tags:doença de Parkinson, Insônia, Insônia e Doença de Parkinson
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