Distúrbios do Sono Na Esclerose Múltipla. No que pode ser o maior estudo sobre distúrbios de sono entre os indivíduos com esclerose múltipla (EM), pesquisadores da UC Davis descobriram que distúrbios do sono são amplamente não diagnosticados e podem estar na raiz do sintoma mais comum e incapacitante da doença: a fadiga.
A fadiga é a marca registrada da esclerose múltipla, uma doença inflamatória que afeta o sistema nervoso e a medula espinal dos doentes.
Continue a leitura e compreenda como os Distúrbios do Sono em pacientes com Esclerose Múltipla podem ser altamente incapacitantes e como lidar com essa situação.
Alguns dos distúrbios do sono mais comumente encontrados, consequentes e ainda tratáveis em pacientes com EM, incluem:
Outros sintomas da esclerose múltipla incluem perda de visão, vertigem, fraqueza e dormência. Os pacientes também podem experimentar sintomas psiquiátricos. O início da doença é geralmente entre as idades de 20 e 50 anos.
A compreensão aprimorada das possíveis causas, consequências e apresentações de problemas comuns do sono pode oferecer novas oportunidades para otimizar a função e a qualidade de vida dos pacientes com EM.
Junto com as medidas tradicionais de deficiência, existem sintomas invisíveis de EM que causam grande impacto na qualidade de vida, incluindo fadiga, dor, distúrbios do humor e disfunção cognitiva.
Um componente importante do manejo clínico para pacientes com EM inclui a identificação de comorbidades tratáveis ou reversíveis, que podem contribuir e agravar esses sintomas.
Publicado online no Journal of Clinical Sleep Medicine, o estudo foi realizado com mais de 2.300 pessoas, no norte da Califórnia, com esclerose múltipla, e constatou que, em geral, mais de 70% dos participantes selecionados apresentavam distúrbios do sono.
A pesquisa destaca a importância de diagnosticar as causas da fadiga entre os indivíduos com esclerose múltipla e como os distúrbios do sono podem afetar o curso da doença, bem como, a saúde geral e o bem-estar dos doentes.
A grande maioria dos distúrbios do sono são potencialmente não diagnosticados e tratados. O estudo sugere que pacientes com EM podem ter distúrbios do sono que exigem diagnóstico e tratamento independente.
Dado o valor de um modelo de atendimento multidisciplinar em EM, os especialistas do sono têm o potencial de fornecer contribuições úteis para o tratamento dos pacientes.
Pacientes com insônia crônica que poderiam se beneficiar de estratégias comportamentais devem consultar especialistas do sono para determinar se eles podem ser candidatos à terapia cognitivo-comportamental e outros tratamentos naturais para insônia, que visa direcionar pensamentos e comportamentos desadaptativos que podem perpetuar a insônia.
Pacientes com distúrbios respiratórios do sono que estão tendo dificuldade em tolerar o CPAP ou aqueles que não respondem de forma ideal a esta terapia, também podem se beneficiar do encaminhamento a uma clínica do sono.
Finalmente, os pacientes com SPI que não respondem às terapias típicas de primeira ou de segunda linha, ou que experimentam aumento em resposta à terapia dopaminérgica, também podem se beneficiar dos cuidados especializados do sono.
“A causa da EM é desconhecida; embora se saiba que é uma condição autoimune, não se sabe quais são os gatilhos para iniciar a doença. Distúrbios do sono, padrões de sono e queixas de sonolência diurna excessiva sugerem que problemas de sono podem ser uma epidemia oculta na população com EM, separada da fadiga causada pela própria esclerose múltipla”, afirma o neurologista Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140.
Referência:
Artigo Publicado em: 17 de jul de 2016 e Atualizado em: 12 de jan de 2021
A apneia do sono é uma condição caracterizada por pausas na respiração que duram alguns segundos, e que ocorrem diversas vezes durante o sono. Essa doença classifica-se como Apneia Obstrutiva do Sono ou Apneia Central do Sono. Suas causas e tratamentos podem variar, e o ronco é um importante sintoma. O diagnóstico é feito pela avaliação dos sintomas e do exame de Polissonografia.
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