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Síndrome do Comer Noturno: Saiba Mais!

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Neurologia Geral

Publicado: 3 de maio de 2019 | Atualizado: 3 de maio de 2019

A síndrome do comer noturno (SCN) é uma condição que relaciona o ato de comer demais no período noturno com certos problemas de sono. Pessoas com SCN comem muito antes de dormir, em períodos próximos a vigília, ou quando acordam de madrugada, causando distúrbios no sono.

Síndrome do Comer Noturno – Sintomas

Pessoas com SCN comem muito: pelo menos um quarto de suas calorias diárias são obtidas após o jantar. Esse fato geralmente causa incômodo nos portadores.

Você pode ter SCN caso você acorde para comer durante a madrugada pelo menos duas vezes por semana, ou se você tiver pelo menos três dos sintomas listados a seguir:

Teste de Insônia
Teste que tem objetivo de quantificar o grau de insônia da pessoa.
  • Falta de apetite pela manhã;
  • Um forte desejo de comer entre o jantar e o sono;
  • Insônia quatro ou cinco noites por semana;
  • Acreditar que comer é necessário para pegar no sono ou para voltar a dormir;
  • Ter um humor deprimido que piora durante a noite.

A síndrome do comer noturno é diferente do transtorno da compulsão alimentar periódica. Na compulsão alimentar periódica, é mais provável que você coma muito de uma vez só. Já na SCN, é provável que o paciente coma pequenas porções durante a noite.

O SCN também é diferente do transtorno alimentar relacionado ao sono. Com SCN, o paciente se lembra desses acontecimentos que ocorreram na madrugada.

Síndrome do Comer Noturno – Causas

Ainda não está clara a causa exata da síndrome do comer noturno. No entanto, existem algumas suposições: alguns médicos acreditam que a síndrome possa estar relacionada a problemas com o ciclo de sono-vigília. Mudanças no seu horário de sono ou na rotina não são responsáveis por causar a síndrome.

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O SCN afeta pouco mais de 1 a cada 100 pessoas. Existem alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver a síndrome, como:

  • Ser obeso (1 em cada 10 pessoas obesas sofrem dessa síndrome);
  • Ter algum tipo de distúrbio alimentar;
  • Histórico de depressão;
  • Histórico de ansiedade;
  • Histórico de abuso de substâncias.

Relações Genéticas

Pesquisadores descobriram uma possível ligação entre o SCN e a genética. Existe um gene chamado PER1, que acreditam ser responsável pelo controle do relógio biológico do corpo humano. Os cientistas acreditam que um defeito no gene pode causar o SCN, porém essa questão ainda está sendo pesquisada e não está totalmente confirmada.

Síndrome do Comer Noturno – Diagnóstico

Inicialmente, o diagnóstico é realizado com uma consulta baseada em um tipo de entrevista. O médico responsável fará perguntas sobre o sono do paciente e seus hábitos alimentares, em alguns casos através de um questionário detalhado. Além disso, um teste de sono chamado polissonografia pode ser requerido. O teste tem por função medir:

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  • Ondas cerebrais;
  • Níveis de oxigênio no sangue;
  • Coração e taxas de respiração.

Não é qualquer acontecimento isolado de comer muito de madrugada que indica a SCN, deve haver uma ocorrência de pelo menos 3 meses. Os padrões de alimentação e sono também não podem ser causados ​​por abuso de substâncias, desordens médicas, medicamentos ou outros problemas psiquiátricos.

Síndrome do Comer Noturno – Tratamentos

Antidepressivos e terapia cognitivo-comportamental tem oferecido bons resultados. Além disso, um pequeno estudo descobriu que treinamentos relaxantes ajudam a alterar o apetite do período da noite para o matinal.

Vários estudos sobre antidepressivos relataram melhoras na alimentação noturna, humor e qualidade de vida. Também é possível se tratar com medicamentos como melatonina ou substâncias que aumentam a melatonina.

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302016000700701

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