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Saiba para que Serve o Escitalopram

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Emoções

Publicado: 7 de outubro de 2025

Para que Serve Escitalopram? Apesar de ser da classe dos antidepressivos, este é um medicamento muito utilizado para diversas indicações, especialmente para crises ansiosas, como vamos abordar neste artigo.

Para que Serve o Escitalopram?

Principais Indicações

O escitalopram tem diversas indicações, mas destaca-se para casos de síndromes ansiosas e depressivas. No primeiro caso, costuma ser prescrito para distúrbio de ansiedade generalizada, ejaculação precoce, síndrome do pânico, TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo), Transtorno de Ansiedade Social e Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Diante de síndromes depressivas e outras, tende a ser eficaz no Transtorno Depressivo Maior e Transtorno Misto Ansioso e Depressivo.

Modo de Funcionamento

O escitalopram é responsável por aumentar a concentração de serotonina na fenda sináptica, sendo liberada, recaptada e destruída. Se inibimos sua recaptação, permanece no local, aumentando a quantidade na fenda sináptica do neurônio. Após dias ou semanas, acaba mudando o funcionamento da rede neural e, consequentemente, resultando no efeito do medicamento.

Metabolismo do Escitalopram

Este tipo de antidepressivo tem uma meia-vida de 30h, logo, esse é o tempo que demora para que a concentração do medicamento no sangue reduza pela metade. Sendo assim, caso esqueça de medicar-se, não tem problema, devendo tomar a dose habitual no dia seguinte.

Formas de Apresentação

Quanto às apresentações, o escitalopram pode ser encontrado nas formas de 10 mg, 15 mg e 20 mg, e em gotas (1 ml por gota), que costuma ser especialmente bom para quem tem muito efeito colateral no momento de adaptação do medicamento, desde que a quantidade suba gradativa e lentamente.

Maneiras de Usar em Populações Específicas

Assim como acontece com outros medicamentos, algumas populações específicas precisam de atenção ao receber indicação do uso do escitalopram.

Cirrose (Insuficiência Hepática)

Para as pessoas com cirrose ou insuficiência hepática, os profissionais de saúde capacitados tendem a recomendar doses menores, de 5 mg a 10 mg por dia.

Crianças e Adolescentes

Entre crianças até 12 anos, o escitalopram não tem segurança nem eficácia estabelecidas. Mas recebe recomendação de advertência maior no tratamento de pacientes que estão entre 12 e 24 anos, porque há maior risco de pensamento e comportamento suicida, especialmente durante as primeiras semanas de uso e em quem já apresentava tais características previamente, juntamente com hostilidade, em que os sintomas podem acabar aumentando.

Diante disso, apesar de não haver proibição, cada caso deve ser devidamente analisado pelo médico especialista em Neurologia para confirmar quais pacientes podem acabar se beneficiando do seu uso mesmo diante de tal alerta.

Gestantes

Para as gestantes, o escitalopram é categoria “C”, então, não há dados sobre malformação, complicações obstétricas e são raros os casos de síndrome de retirada em recém-nascidos, sendo considerado relativamente seguro mesmo que atravesse a barreira placentária.

Idosos

Em relação aos idosos, normalmente, indicamos o escitalopram em doses menores, especialmente de 5 mg a 10 mg por dia.

Insuficiência Renal

Para os pacientes que têm insuficiência renal, a função não é alterada quando o paciente não passa por diálise, por isso, não há necessidade de ajuste.

Lactentes

Devido ao fato de ser excretado no leite, o medicamento pode afetar o recém-nascido, uma vez que tem característica um pouco inibitória. Por isso, normalmente, o recomendável é interromper a amamentação ou seu uso, substituindo-o por outro mais seguro para esse perfil de população específica.

Alertas e Interações Medicamentosas

O escitalopram, de maneira geral, não tem tantas interações medicamentosas, ou seja, trata-se de um medicamento bem tolerado.

Álcool

Este medicamento não interage com o álcool, ou seja, não aumenta nenhum efeito da bebida, logo, tem segurança em relação a isso.

Antiagregantes Plaquetárias

Pode apresentar interação com antiagregante plaquetário, como o medicamento AAS (anticoagulante indicado para afinar o sangue), uma vez que é capaz de causar um leve aumento do risco de sangramento.

Outros Medicamentos Serotoninérgicos

O escitalopram igualmente tende a estar relacionado com demais medicamentos serotoninérgicos, como outros antidepressivos, para tratamento de enxaqueca, e aumenta o risco de síndrome serotoninérgica (encontrada em excesso).

Possíveis Efeitos Colaterais

Sobre os possíveis efeitos colaterais do escitalopram, são divididos, principalmente, entre comuns (de 1% a 10%) e muito comuns (acima de 10%).

Comuns Entre 1% e 10%

Entre os efeitos colaterais comuns estão queda da libido (7%), tontura (6%), fadiga (5%), sintomas gripais (5%), anorgasmia (4%), disfunção erétil (3%) e letargia (3%).

Muito Comuns >10%

Enquanto isso, os efeitos colaterais considerados muito comuns que o paciente pode apresentar são náuseas (20%), diarreia (10%), alterações ou anormalidade na ejaculação (13%) e sonolência diurna (10%).

E igualmente tendem a ser observados dor de cabeça (24%), normalmente, na forma de aumento das contraturas musculares, que influenciam no acometimento da dor, insônia (10%), ganho ou não de peso, variando entre 300 g e 6 kg, e amortecimento emocional. Assim como podemos observar que, com o tempo, o paciente passa a ter um achatamento emocional, em que não apresenta reação às emoções da mesma forma de antes.

Por que o Escitalopram é tão Utilizado?

Diante da ciência sobre para que serve o escitalopram, pode-se descrever que é tão comumente utilizado porque o Brasil é conhecido por ter a maior população ansiosa do mundo, por anos seguidos, segundo a OMS, e ser a 5ª mais depressiva.

Sem contar que devido à sua patente, possui um custo acessível, de maneira geral, e boa tolerabilidade pela maior parte dos pacientes, especialmente diante de doses baixas (10 mg ou 15 mg), mesmo com seus efeitos colaterais a médio e longo prazo.

E como depende da prescrição médica para que seja indicado e o ideal é consultar-se com um médico especialista em Neurologia para confirmar seu diagnóstico e iniciar o devido tratamento, não hesite em buscar apoio profissional, especialmente agora que Sabe para que Serve o Escitalopram, que pode ou não ser uma opção para você!

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Emoções

Os transtornos emocionais caracterizam-se por disfunções comportamentais e cerebrais, que afetam a saúde psicológica e a qualidade de vida dos pacientes. Distúrbios como depressão, ansiedade, estresse, síndrome do pânico e fobia social estão inclusos nesta categoria. As causas, sintomas, e terapias variam de acordo com a condição. É essencial buscar ajuda especializada para diagnosticar e tratar adequadamente o problema.

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