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Descubra o que é a Dor Pós-Herpética!

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Dor, Dor Neuropática

Publicado: 15 de janeiro de 2019 | Atualizado: 18 de fevereiro de 2019

O Herpes Zoster é uma doença extremamente comum: ela afeta duas a cada mil pessoas, e deriva do vírus da catapora. Mais de 90% das pessoas tem o vírus no corpo, mas ele permanece inativo para a maioria delas.

Caso a pessoa “estresse” seu organismo de alguma maneira que cause uma queda do sistema imune, o vírus inicia sua atividade, percorrendo dentro do neurônio e alcançando a pele, próximo a sua superfície.

Se o neurônio for sequelado, existem grandes chances da dor pós-herpética aparecer por tempo prolongado ou até mesmo para o resto da vida. Por isso, quanto mais cedo for iniciado o tratamento com os medicamentos necessários, melhor será o prognóstico do paciente.

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Esse teste auxilia a determinar se uma dor é neuropática ou não.

A Dor Pós-Herpética

A dor pós-herpética é muito falada mas dificilmente é compreendida. Ela caracteriza-se por uma dor que vem após a infecção do Herpes Zoster, e esse tipo de dor não é derivada da Herpes popular. Neste caso, a Herpes vem do cobreiro e algumas bolhas permanecem mesmo após a Herpes ter sido tratada.

Apesar do nome ser “Dor pós-herpética”, não é necessariamente em todos os casos que há dor, às vezes os sintomas desse problema podem ser outros tipos de incômodo, como dormência, formigamento ou queimação.

A Dor Pós-Herpética – Os Principais Sintomas

Por vezes, essa condição pode vir acompanhada de uma hipersensibilidade que causa choque, dor, ou um incômodo extremamente desagradável. Inúmeras coisas do cotidiano podem ser gatilhos para esse incômodo, como toques leves, uma esbarrada sutil no lençol, contato com a pele de outra pessoa, e até mesmo uma pena ou pluma.

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O incômodo se acentua no final da tarde e noite, pois durante o dia, os pacientes conseguem lidar mais tranquilamente com esses gatilhos que causam a dor. Esses sintomas sempre se apresentam no local que o vírus da Herpes Zoster se instalou antes de tratado.

Esses sintomas geralmente somem cerca de três meses após o início do tratamento da Herpes Zoster. Caso eles não cessem, o paciente muito provavelmente está com dor pós-herpética crônica.

A Dor Pós-Herpética Crônica

Se a dor pós-herpética não passar em um período de três meses, significa que o corpo não conseguiu se regenerar e reorganizar. Felizmente, há outras opções terapêuticas para os pacientes experienciando esse tipo de incômodo.

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Mesmo que o paciente não esteja com a dor propriamente dita, mas sim um incômodo, o tratamento ainda é extremamente recomendado, pois estes sintomas podem começar a atrapalhar o dia-a-dia do paciente.

É muito comum que os pacientes desenvolvam outros problemas como depressão, fadiga, dificuldade para dormir, falta de apetite e dificuldade em manter a concentração.

A Dor Pós-Herpética – O Tratamento

Um dos tratamentos possíveis é aplicar um adesivo de lidocaína. A função da lidocaína é reduzir a sensibilidade que a dor neuropática causa, e o adesivo deve ficar sobre a pele por mais ou menos 12 horas.

Outra alternativa de tratamento é passar o gel de capsaicina, que é o princípio ativo da pimenta, ou seja, literalmente aplicar pimenta no local. A pimenta na dose correta pode ativar receptores dos neurônios que se encontram danificados por conta da dor pós-herpética, causando uma confusão que diminui a percepção incômoda do local.

Para saber mais sobre a dor pós-herpética assista o vídeo:

Fonte: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMcp1403062

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Dor Neuropática

A dor neuropática é uma doença crônica com diversas causas. Infecções, doenças e traumas que afetam os nervos periféricos são alguns exemplos. Esse tipo de dor pode ser causado por uma lesão ou disfunção do sistema nervoso central, periférico ou por traumas. Os pacientes são heterogêneos e apresentam uma variedade de sinais e sintomas sensoriais, todos relacionados à dor.

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