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Ingestão Excessiva de Açúcar pode causar Transtornos Mentais

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Emoções

Publicado: 26 de novembro de 2024

Ingestão Excessiva de Açúcar, a longo prazo, pode causar grave efeito adverso na saúde psicológica, gerando transtornos mentais, é o que apontam estudos. Assim como essa possibilidade é reforçada por outros que indicam maior prevalência de depressão em quem consome altos níveis de açúcar.

Relação do Açúcar em Excesso com Transtornos Mentais

Estudos publicados na Scientific Reports e no JAMA Network Open relatam relação do alto nível de açúcar no sangue, assim como de triglicerídeos, com maior risco de transtornos mentais como ansiedade, depressão e relacionados ao estresse, antecipando um diagnóstico psiquiátrico em duas décadas, por exemplo.

Do mesmo modo que observaram que pessoas com esses tipos de quadros tinham níveis elevados de açúcar no sangue durante os 20 anos que antecederam o diagnóstico psiquiátrico.

Por exemplo, o estudo realizado no Reino Unido (University College London) aponta que a ingestão de alimentos e bebidas com adição de açúcar tende a causar transtornos mentais.

Mas a hipótese de que o transtorno de humor pode provocar consumo maior de açúcar foi descartada, porque, segundo os resultados, tanto homens quanto mulheres com transtornos mentais não eram mais propensos a consumir quantidades elevadas de açúcar. Além de ainda não ser possível afirmar se os transtornos mentais são a causa ou consequência da ingestão excessiva de açúcar.

Efeitos do Açúcar no Cérebro

Para compreender a ideia por trás dos estudos, é preciso estar ciente de que, ao consumir açúcar, seja de forma natural ou industrializada, o cérebro libera substâncias como dopamina e opioides, assemelhando à sensação que acontece com drogas viciantes, provocando um prazer momentâneo.

Quando há ingestão excessiva, os picos de açúcar tendem a ser responsáveis por alteração de humor, cansaço, confusão mental e irritabilidade. Em seguida, surge a queda abrupta, gerando a sensação ansiosa e depressiva na pessoa. Assim como outros estudos observaram danos nas sinapses, prejudicando a memória e aprendizagem.

Compreendendo os Resultados

Uma das explicações biológicas para a relação entre o consumo excessivo e a depressão, por exemplo, é que o açúcar reduz os níveis do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF, em inglês), que é fundamental para o desenvolvimento dos tecidos cerebrais, portanto, sua baixa concentração tem sido considerada a causa da atrofia do hipocampo em tratando-se desta condição médica.

No caso das alterações de humor, a possibilidade está associada às dietas com quantidades elevadas de açúcares, o que tem chances de induzir hipoglicemia, por meio de uma resposta de insulina exagerada, influenciando nos níveis hormonais.

Logo, apesar das variáveis serem sinônimo de limitações, como perfil específico, idade estipulada, status socioeconômico, país de origem, estado de jejum para coleta de sangue, tipos de alimentos e gênero, os resultados obtidos indicam essa possibilidade e que outros estudos podem ser realizados para aprofundar o conhecimento sobre a relação da ingestão excessiva de açúcar com transtornos mentais.

Por isso, além de priorizar uma alimentação balanceada, com acompanhamento profissional para ter doses de açúcar adequadas para cada tipo de pessoa, é válido adotar ou manter hábitos saudáveis, como prática regular de exercícios, noites de sono com qualidade, meditação e boa hidratação.

Sem contar a necessidade de manter orientação nutricional e realizar acompanhamentos médicos periódicos com o médico especialista em Neurologia de sua confiança, que está apto a lidar com quadros de Transtornos Mentais, que podem ou não estar associados à Ingestão Excessiva de Açúcar.

Mais informações sobre este assunto na Internet:

Artigo Publicado em: 10 de ago de 2017 e Atualizado em: 26 de nov de 2024

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Emoções

Os transtornos emocionais caracterizam-se por disfunções comportamentais e cerebrais, que afetam a saúde psicológica e a qualidade de vida dos pacientes. Distúrbios como depressão, ansiedade, estresse, síndrome do pânico e fobia social estão inclusos nesta categoria. As causas, sintomas, e terapias variam de acordo com a condição. É essencial buscar ajuda especializada para diagnosticar e tratar adequadamente o problema.

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