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Quando a Tristeza se Torna Depressão?

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Emoções

Publicado: 22 de janeiro de 2019 | Atualizado: 18 de fevereiro de 2019

A depressão ganhou popularidade nos últimos anos, o que é uma coisa extremamente positiva, já que anteriormente as doenças psicológicas não eram levadas a sério pela maioria da população.

Entretanto, com a popularidade também veio a falta de informação, fazendo com que algumas pessoas banalizem a condição, e considerem qualquer tristeza uma depressão.

Essa é uma dúvida muito comum entre os pacientes. Mas existe uma grande diferença entre estar triste e estar depressivo, e nesse artigo vamos esclarecer algumas dúvidas relacionadas à tristeza, e quando ela se torna uma depressão.

Teste de Depressão (PDQ-9)
Esse teste é adaptado do PDQ-9 para quantificação do grau de depressão

Diferença Entre Depressão e Tristeza

Primeiramente iremos definir o que é tristeza: é uma emoção humana normal e necessária para o cotidiano, que faz parte das cinco emoções básicas que compõem o espectro inicial da emoções que todo mamífero possui. As emoções básicas são: nojo, raiva, tristeza, alegria e medo.

Já a definição da depressão é: uma doença de longo prazo em que o estado das emoções está disfuncional. É necessário pelo menos um mês de sintomas constantes de tristeza para considerar a depressão, ou seja, na maior parte dos dias o paciente deve apresentar sentimentos negativos.

No entanto, a tristeza raramente é o único sintoma da depressão, é necessário observar outros sintomas, como:

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  • Melancolia;
  • Pessimismo;
  • Irritabilidade;
  • Mudanças significativas na alimentação (perda de apetite);
  • Dificuldade em manter a concentração;
  • Perda relativa da capacidade de memória;
  • Perda de entusiasmo ou interesse;
  • Sentimentos de culpa profunda (às vezes sem motivo);
  • Sensação de rejeição pelas pessoas em seu ciclo de convivência;
  • Desejos suicidas;
  • Desejo de sumir.

Dependendo do tipo de depressão que a pessoa está experienciando, os sintomas mentais começam a criar sintomas físicos, como:

  • Dores no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Dores não justificadas (arrepios, formigamentos).

O sintoma mais sério da depressão é quando a pessoa passa não somente a desejar a morte, mas também planejar maneiras de alcançar esse desejo. Por exemplo, enquanto dirigindo um carro, pensamentos sobre bater o veículo em algum lugar enchem sua cabeça.

Existem testes que podem ser realizados para descobrir a existência ou não da depressão. Eles analisam o grau do seu estado depressivo e podem indicar se é o momento de procurar um profissional para chegar a um diagnóstico preciso e completo, que poderá revelar o tratamento.

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Depressão – O Diagnóstico

Para que um paciente seja diagnosticado com depressão, ele precisa se encaixar em alguns requisitos. Ele deve estar sentindo um dos principais sintomas da depressão por pelo menos duas semanas contínuas (humor com teor depressivo ou perda de interesse/prazer em atividades que anteriormente traziam sensação de alegria).

Além de precisar ter um desses dois indícios, o paciente também precisa apresentar, em média, cinco sintomas dos que estão citados abaixo todos os dias:

  • Interesse ou prazer marcadamente diminuído em quase todas as atividades realizadas no cotidiano;
  • Perda de peso significativa sem razão aparente (sem dieta);
  • Ganho de peso significativamente anormal para o paciente em questão;
  • Pensamentos em menor fluxo (lentos);
  • Agitação extrema;
  • Fadiga (perda de energia);
  • Culpa excessiva;
  • Dificuldade de concentração;
  • Problemas em tomar decisões;
  • Problemas de memória;
  • Pensamentos e desejos de morte;
  • Entre outros.

Em caso de suspeitas de depressão, é importante procurar ajuda profissional o mais cedo possível para realizar tratamento se necessário, e deste modo interromper a progressão da doença.

Se quiser saber mais sobre depressão, angústia, ansiedade, tristeza e outros fatores relacionados a emoções, clique aqui.

Fonte: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/acps.12624

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Emoções

Os transtornos emocionais caracterizam-se por disfunções comportamentais e cerebrais, que afetam a saúde psicológica e a qualidade de vida dos pacientes. Distúrbios como depressão, ansiedade, estresse, síndrome do pânico e fobia social estão inclusos nesta categoria. As causas, sintomas, e terapias variam de acordo com a condição. É essencial buscar ajuda especializada para diagnosticar e tratar adequadamente o problema.

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