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Doença de Alzheimer – o que Sabemos Sobre as Vacinas para Alzheimer

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Memória / Alzheimer

Publicado: 29 de julho de 2025

Doença de Alzheimer – o que Sabemos Sobre as Vacinas para Alzheimer, basicamente, é que existem dois tipos, uma que está em estudo e outra que serve para outros patógenos, como vamos abordar neste artigo.

O que Sabemos Sobre Vacinas para Doença de Alzheimer

Primeiramente, a Doença de Alzheimer (DA) é degenerativa, progressiva e provoca perda de memória e demais capacidades neurológicas, como as relacionadas à linguagem e orientação no espaço e tempo, por exemplo.

Caracterizada por acometer pessoas com mais de 65 anos, as suas causas podem ser tanto genéticas quanto ambientais, e relacionadas ao estilo de vida e às demais comorbidades.

Além disso, é capaz de gerar impacto considerável na qualidade de vida do paciente e das pessoas próximas, tornando-se uma das condições mais caras por exigir custos e dedicação de todos os envolvidos ao longo dos anos.

Desta forma, é um problema de saúde pública que é cada vez mais relevante devido ao fato de existirem pessoas de mais idade, vivendo mais, acima dos 65 anos, logo, teremos mais indivíduos com chances de desenvolver a DA.

Tratamentos Disponíveis para Doença de Alzheimer

Os tratamentos para Doença de Alzheimer auxiliam nos sintomas, no entanto, não retardam a sua evolução, portanto, acaba progredindo mesmo que os paciente façam uso de medicamentos, por exemplo.

Entretanto, não são considerados inúteis, porque conseguem ajudar nos sintomas e proporcionar qualidade de vida ao serem usados, como os anticolinesterásicos, que servem para aumentar a acetilcolina nos neurônios, como a rivastigmina, galantamina e donepezila.

Estes são capazes de melhorar minimamente alguns sintomas característicos do Alzheimer, como os problemas de memória, sendo indicados para todas as fases da condição, desde a inicial (de leve a moderada) até a grave ou avançada.

Do mesmo modo que os antagonistas do NMDA igualmente podem ser utilizados, como o glutamato, sendo tóxicos aos neurônios e tendo excesso de ativação de glutamato. Já a memantina é indicada para fases moderada e avançada, ajudando a melhorar as escalas de atividade da rotina dos pacientes.

Enquanto isso, diante de uma Doença de Alzheimer avançada, nos importamos se o paciente consegue ter independência, realizar suas atividades diárias, mesmo que tenha comprometimento da memória, mas é capaz de se cuidar, alimentar e locomover, por exemplo.

Curar ou Controlar a Doença de Alzheimer é uma Realidade?

O Alzheimer é uma doença incurável, degenerativa e progressiva, logo, não tem cura, mas, na Medicina, existem algumas medidas que podem ser tomadas para controlá-lo e retardar sua evolução, como as comportamentais e de comorbidades que também afetam a condição.

Por exemplo, é possível realizar atividade física, 150 minutos por semana; prezar por uma alimentação adequada, com dieta anti-inflamatória; investir em atividade mental; controlar o sono e tratar doenças mentais e metabólicas, e perda de audição.

Uma possibilidade futura são os anticorpos contra as proteínas beta-amiloides (lecanemab e donanemab), em que estudos apontam a sua eficácia, mas ainda não foram liberados como medicamentos para uso comercial, corrente e comum para tratamento de controle da Doença de Alzheimer.

Ambos apresentam estudos em fase III, indicando a capacidade de retardar a taxa de progressão do Alzheimer em fases iniciais e/ou moderadas em aproximadamente 30%, sendo considerados seguros e com eficácia comprovada, porque têm anticorpos para retirar as proteínas beta-amiloides e as suas placas no cérebro.

Outra possibilidade é a Semaglutida, um análogo de glucagon (GLP-1) que também reduz a inflamação do corpo de maneira geral e é indicada para tratamento de diabetes e perda de peso. E com base em estudo, é provável que igualmente reduza a neuroinflamação e possivelmente retarde a evolução da DA.

O que Sabemos Sobre as Vacinas para Alzheimer?

O que sabemos sobre as vacinas para Alzheimer é que existem dois tipos. Uma ainda está em estudo duplo-cego, randomizado, aleatorizado, logo, apresenta medidas de segurança para quando afirmar se funciona ou não, caso a informação seja verdadeira.

São métodos que proporcionam segurança para que o estudo tenha um grau de evidência grande caso relatem se a vacina funciona ou não, e as chances são consideráveis.

O seu objetivo é induzir uma resposta imune no corpo com a substância ALZ-101 para que o corpo consiga produzir anticorpos contra oligômeros de beta-amiloide, que são tóxicos aos neurônios e estão ligados ao processo de desenvolvimento do Alzheimer.

A expectativa é que caso a vacina funcione, seja possível retardar a evolução da DA ou prevenir os riscos de seu desenvolvimento, devido ao fato de o sistema imune ser capaz de limpar cada vez melhor os oligômeros beta-amiloides.

Enquanto isso, o segundo tipo de vacina para o Alzheimer são as destinadas para outras condições, como Herpes-Zóster, bactéria ‘pneumococo’, tétano, difteria e coqueluche. Isso é possível porque, em um estudo de acompanhamento populacional, houve uma correlação da carteira de vacina com os acontecimentos ao longo dos anos.

Nele, observaram que as pessoas vacinadas contra tétano e difteria apresentaram uma probabilidade 30% menor de desenvolver a Doença de Alzheimer após os 65 anos. Quem vacinou-se contra o Herpes-Zóster teve associação com um risco reduzido de 25% de desenvolvimento da condição ao atingir a mesma faixa etária, enquanto na vacina pneumocócica, houve redução de 27%.

E há dois anos, a mesma equipe do estudo descobriu que as pessoas vacinadas com ao menos uma dose de vacina contra influenza (gripe comum) tinham 40% menos chances de desenvolver os sintomas da doença depois de completarem 65 anos.

Logo, essas vacinas destinadas a outras condições, infecções, parecem apresentar um mecanismos de funcionamento complexo e podem mudar a forma de resposta do sistema imunológico às proteínas tóxicas, aos neurônios e, consequentemente, aumentar a eficácia de eliminação dessas toxinas pelo sistema imune, o que resultaria em menor chance de desenvolver o Alzheimer.

Vacinas para Alzheimer são Eficazes e uma Realidade?

As vacinas são uma realidade, mas para o Alzheimer (ALZ-101) ainda estão em fase de pesquisa, então, ainda não sabemos o seu nível de eficácia. Mas as destinadas aos patógenos mencionados já estão disponíveis e são indicadas para faixas etárias específicas, com suas respectivas dosagens, portanto, apresentam eficácia na prevenção de doenças, com indicação de aproximadamente 25% a 30% menos riscos de desenvolvê-las.

Então, agende uma consulta para que possamos conversar melhor sobre as indicações médicas sobre o assunto, que podem envolver Vacinas para Alzheimer, disponibilidade de tratamento e o que mais necessitar, visando seu bem-estar e sua qualidade de vida.

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Memória / Alzheimer

A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável e progressiva. A maioria das vítimas são pessoas idosas. A doença apresenta sintomas como perda de funções executivas e cognitivas (como a memória), causada pela morte de células cerebrais. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas existentes, retardando a evolução da doença. Os tratamentos indicados são divididos em farmacológicos e os não-farmacológicos.

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