Psicose na Doença de Parkinson. A Doença de Parkinson é provavelmente mais conhecida por causar sintomas motores, como tremores e rigidez. Mas muitas pessoas com essa condição também apresentam problemas de saúde mental, incluindo depressão, ansiedade e, em alguns casos, delírios e alucinações.
Os profissionais de saúde geralmente se referem a esses sintomas como “psicose associada à Doença de Parkinson”.
Continue a leitura e compreenda esses sintomas da Doença de Parkinson, como lidar com eles e como podemos tratá-los.
Psicose pode ser uma palavra assustadora! Mas, em essência, esse termo descreve a situação em que as pessoas perdem o contato com a realidade. A psicose pode variar entre os seguintes aspectos:
Na Doença de Parkinson (DP), a psicose geralmente começa com sintomas leves, mas eles podem ter um grande impacto na qualidade de vida. É importante relatar quaisquer alucinações ou delírios à sua equipe médica, mesmo que não sejam incômodos.
Nem todo mundo com Parkinson desenvolverá alucinações ou delírios. Entre 20% – 40% das pessoas com Parkinson relatam a experiência de alucinações ou delírios.
Medicamentos, demência e delírio são os três principais contribuintes para o desenvolvimento da psicose na Doença de Parkinson. Determinar a causa pode ser difícil porque essas condições podem se sobrepor e produzir sintomas semelhantes. Assim que uma causa provável for determinada, o tratamento pode começar.
As alucinações podem afetar qualquer um dos cinco sentidos:
Algumas pessoas sentem a presença de uma pessoa ou de um animal por perto. Outros veem objetos reais se transformarem em outras coisas – por exemplo, um vaso se transforma em um cachorro.
É mais comum ter alucinações à noite, quando a escuridão cria sombras. As alucinações podem durar de alguns segundos a alguns minutos.
No início da doença, a maioria das pessoas com psicose relacionada à Doença de Parkinson tem um insight, ou seja, elas conseguem identificar que o que estão vivenciando não é real. Mais tarde na doença, muitas vezes, as pessoas perdem a percepção e acreditam que o que veem, ouvem ou sentem é real.
Ilusões são outro equívoco sensorial. Em vez de ver algo que não está lá, as pessoas com ilusões interpretam mal as coisas reais do ambiente. Por exemplo, as roupas no armário podem parecer um grupo de pessoas.
Assim como as alucinações visuais, as ilusões tendem a ocorrer em situações de pouca luz ou baixa visibilidade.
Delírios são visões ilógicas, irracionais, disfuncionais ou pensamentos persistentes que não são baseados na realidade. Eles são muito reais para a pessoa com DP. Pessoas com delírios que se sentem ameaçadas podem se tornar argumentativas, agressivas, agitadas ou inseguras.
Delírios são menos comuns no Parkinson do que alucinações visuais. Entretanto, em comparação com as alucinações, os delírios tendem a:
Os delírios podem começar como confusão generalizada à noite. Com o tempo, a confusão pode evoluir para delírios claros e distúrbios comportamentais durante o dia.
Todas as formas de delírios podem ser observadas no Parkinson embora delírios de ciúme e perseguição (como a paranoia) sejam mais amplamente relatados e representem um desafio maior para o tratamento. Esses delírios podem levar à agressão, o que pode representar um sério risco à segurança da pessoa com DP, dos familiares e cuidadores.
A paranoia também pode levar ao abandono dos medicamentos – uma pessoa que se recusa a tomar os medicamentos, acreditando que são venenosos ou mortais. Como resultado, as pessoas com delírios costumam ficar confusas e são extremamente difíceis de controlar. Nesses casos, muitos cuidadores requerem assistência externa.
É importante que as pessoas com DP falem sobre alucinações com a família e a equipe de atendimento, porque elas são controláveis e podem ser problemáticas se não forem tratadas. Discuta todos os sintomas possíveis com seu médico, não importa o quão menores, raros ou bizarros você possa pensar que eles são.
Algumas dicas para lidar com a situação são:
O tratamento é um processo de várias etapas que geralmente começa com o ajuste de seus medicamentos para DP e realização de aconselhamento psicológico. Seu médico pode reduzir ou trocar os medicamentos, geralmente em uma ordem específica, para diminuir os sintomas de psicose. Esse é um ato de equilíbrio, pois a dopamina, usada para estabilizar os sintomas motores, também pode, em níveis elevados, aumentar os efeitos colaterais psicológicos.
Se uma intervenção adicional for necessária, seu médico pode iniciar a terapia antipsicótica, usando medicamentos para reequilibrar os níveis químicos no cérebro e reduzir os episódios de alucinações, ilusões e delírios.
A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.
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Tags:Confusão Mental, Parkinson, Psicose na Doença de Parkinson
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