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Como Reconhecer a Pseudocrise Convulsiva?

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Epilepsia, Neurologia Geral

Publicado: 15 de abril de 2019 | Atualizado: 17 de junho de 2020

Crises convulsivas ou psicossomáticas são problemas de saúde, visto que estas doenças causam muita confusão e são relativamente comuns. Mas afinal, o que realmente é a pseudocrise convulsiva?

Como o próprio nome diz, “pseudocrise” é um termo originado da palavra pseudo, que significa falso ou “que parece mas não é”. A pseudocrise parece uma crise convulsiva, mas não é uma crise verdadeira.

Crises Psicossomáticas – Saiba Mais

As pseudocrises têm sido pauta de variadas contradições entre os profissionais que cuidam de pacientes com epilepsia. Os estudos atuais sobre o tema tem como objetivo separar as crises psicossomáticas das crises convulsivas, que dizem respeito a epilepsia.

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Caso alguém leigo no assunto observar alguém passar por uma pseudocrise, pode ser que a cena se assemelhe a uma real crise convulsiva. Por exemplo, ao ver uma pessoa se debatendo em algum lugar, nossa primeira resposta costuma ser acreditar que estamos presenciando uma crise convulsiva.

Crises Psicossomáticas – Elementos que Diferenciam

No entanto, especialistas são capazes de notar uma pseudocrise, pois existem alguns elementos que diferenciam esse tipo de crise das crises convulsivas epilépticas. Como  por exemplo, a pseudocrise costuma ser muito mais demorada que uma crise convulsiva epiléptica.

Além desse fator, existem alguns outros diferenciadores, como:

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  • Ficar de olhos fechados: crises epilépticas geralmente ocorrem com olho aberto;
  • Não apresentar palidez: a palidez é um sintoma das crises epilépticas;
  • Não ficar roxa ou cianótica;
  • Não apresentar saliva ou apresentar uma saliva não espumante;
  • Não apresentar mordidas na língua (agressivas);
  • Cair em um lugar que apresente segurança de maneira subconscientemente proposital, para não se machucar;
  • Ocorrer perto de outras pessoas.

Crises Psicossomáticas – O Termo ‘Pseudo’

O termo “pseudocrise” é considerado por alguns médicos como errôneo, e até mesmo altamente pejorativo. Quando os pacientes recebem de sua equipe médica o diagnóstico desse transtorno, além de frequentemente se recusarem a aceitá-lo, se sentem até mesmo ofendidos, pois para eles suas crises se apresentam como bastante reais.

Por causa disso, nos últimos anos parte dos especialistas têm demonstrado a preocupação de alterar o nome do termo oficial, trocando “pseudocrise” por “crise pseudoepiléptica” ou “crise não-epiléptica psicogênica”, entre outros.

Crises Psicossomáticas – Tratamento

Por ser uma condição cujo lugar de ação é psicológico, o tratamento dela obviamente terá um foco em acompanhamento psicológico. No entanto, esse é um processo bastante complexo, principalmente no início do tratamento, devido ao fato do paciente focar seu sofrimento psíquico através das crises “convulsivas” e não da fala.

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Por esse fator, é necessário que o tratamento envolva um planejamento de situações que façam o paciente compreender que a crise em si representa um sofrimento, que se manifesta pelas “convulsões”. Ou seja, um tratamento que o faça compreender que as convulsões não são de fato reais.

Existe também a extrema urgência de tratar outros fatores ou doenças relacionadas a essa condição, principalmente a depressão grave com risco de suicídio e outros transtornos mentais, com a utilização de medicação específica de acordo com o diagnóstico de cada paciente.

Entenda melhor esta condição assistindo ao vídeo a seguir:

Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rlpf/v6n1/1415-4714-rlpf-6-1-0109.pdf

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Epilepsia

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, cuja causa não é relacionada a febre, drogas ou distúrbios metabólicos, e se expressa por crises epilépticas repetidas. A alteração pode ser proveniente de lesões cerebrais, neurocisticercose, abuso de bebidas alcoólicas e uso de drogas. Mas muitas vezes não é possível conhecer a causa exata que deu a origem ao problema.

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