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Proteína de Choque Térmico e as Doenças Neurodegenerativas

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Doença de Parkinson

Publicado: 18 de fevereiro de 2020 | Atualizado: 8 de junho de 2020

Proteína de Choque Térmico e as Doenças Neurodegenerativas – As proteínas de choque térmico, também conhecidas como proteínas do estresse, são altamente conservadas e presentes em todas as células de todos os organismos. A manutenção da homeostase das proteínas celulares (proteostase) é crucial para a função e sobrevivência das células. Os neurônios são particularmente sensíveis à proteostase desregulada, má manutenção da homeostase, que se evidencia pelo acúmulo e agregação de proteínas amiloidogênicas, que resultam na caracterização da doença neurodegenerativa.

Proteína de Choque Térmico e as Doenças Neurodegenerativas.

As proteínas de choque térmico atuam na prevenção dessas falhas de manutenção. Essas proteínas têm por função “limpar” malformações de outros tipos de células, se tornando assim um tratamento promissor para doenças degenerativas que surgem a partir da má formação de celular.

Para saber mais sobre a relação entre doenças neurodegenerativas e a proteína do choque térmico, continue lendo este artigo. Proteína de Choque Térmico e as Doenças Neurodegenerativas.

Conheça as Proteínas

As proteínas de choque térmico foram descobertas nos anos 60, a partir do estudo da mosca drosófila e outros pequenos animais. Foi observado que quando esses animais seletos eram colocados em um estado de “stress térmico” eles produziam um tipo de proteína especial que limpava outras proteínas que sofreram uma má formação. Proteína de Choque Térmico e as Doenças Neurodegenerativas

Posteriormente foi percebido que essas proteínas de choque térmico são induzidas pelos extremos das temperaturas, tanto frio quanto calor. Elas atuam por mecanismos protetores de várias doenças que tenham proteínas mal formadas e doenças que tenham proteínas com uma má conformação. Algumas das doenças que estão nesse conjunto são: Alzheimer, Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica.

Estudos sobre as Proteínas de Choque Térmico

Um grande desafio para a medicina era como introduzir essa produção de proteínas de choque térmico, num procedimento de tratamento devido sua função no corpo humano. Nas pesquisas realizadas em animais foi possível observar que os neurônios têm uma dificuldade na proteção deles próprios por não produzirem muito bem essas proteínas de choque térmico, além disso elas são produzidas muito mais no meio intracelular e pouco no meio extracelular e por isso não tinha uma relação muito direta de como isso seria útil na medicina.

E em métodos modernos e no avanço da biologia molecular percebeu-se que quando há uma expressão aumentada dessas proteínas de choque térmico em animais o nível de limpeza das proteínas defeituosas de doenças neurodegenerativas aumenta, ou seja, um substrato biológico que explique esse racional existe, mas neste momento, apenas em modelos animais. Proteína de Choque Térmico e as Doenças Neurodegenerativas.

Proteína de Choque Térmico e a Doenças Neurodegenerativas

Tratamento

Para induzir a produção dessas proteínas de choque térmico em humanos, existem algumas hipóteses.

De qualquer maneira, mesmo o assunto sendo novo, ele traz esperança e considerado muito promissor por cientistas da áreas. É racional e há grandes possibilidades de ser introduzido numa eficaz abordagem, terapêutica. Neste momento, pacientes e médicos apenas aguardam novas e mais pesquisas e obviamente a validação, ou não, do uso dessas proteínas nos tratamentos de doenças neurodegenerativas. Por hora, os tratamentos permanecem os mesmo, em caso de dúvidas, procure seu neurologista de confiança! Proteína de Choque Térmico e as Doenças Neurodegenerativas.

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Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.

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