A doença de Parkinson (DP) é uma condição considerada comum, caracterizada por sintomas como tremores, rigidez, entre outros. Além disso, os sinais não motores da condição são bem reconhecidos e frequentemente aparecem antes dos sintomas motores.
Manifestações cutâneas têm sido tópico de pesquisas e discussões na área medicinal há algum tempo. Evidências cumulativas mostram um aumento da prevalência de certos distúrbios dermatológicos nos pacientes com a doença de Parkinson.
A dermatite seborreica ocorre como uma característica pré-motora da doença de Parkinson, ela está relacionada à desregulação do sistema nervoso autônomo.
Além disso, outro problema de pele observado nos pacientes de Parkinson é a tendência maior (quando comparado a pessoas não portadoras da doença) de desenvolver melanoma. O Melanoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele.
Ter o cabelo de coloração naturalmente clara é um fator de risco para o melanoma e, curiosamente, o risco de DP é significativamente maior nas pessoas de cabelos claros, principalmente ruivos.
Vários estudos relataram uma alta ocorrência do mal de Parkinson em pacientes com penfigoide bolhoso. O penfigoide bolhoso é uma doença autoimune, que ocorre quando o sistema imunológico ataca a pele e provoca bolhas.
O risco de Parkinson também foi observado em pacientes com rosácea. Além da associação entre a condição e vários distúrbios dermatológicos, a pele pode ser útil no diagnóstico da doença. Os sinais precoces do Parkinson são encontrados não apenas no cérebro, mas também em tecidos extra-neuronais.
O sistema neurológico está intimamente conectado com o sistema tegumentar (pele). Para manter todas as funções, a pele depende intimamente de um controle neurológico. Hoje se sabe que a proteína alterada da doença de Parkinson (alfa sinucleína) está presente no cérebro e no sistema nervoso central.
Mas ela também se encontra em outros lugares do corpo que possuem tecido neural – sistema nervoso – e a pele é um desses lugares. A ciência descobriu esse fator através de biópsia e teste de coloração adequada, que detecta a alfa sinucleína na pele.
A disfunção neurológica na pele leva a várias consequências. Por exemplo, os vasos possuem um controle neurológico de coloração, de quantidade de sangue na pele. A inervação afeta também as glândulas da pele e glândula sudoríparas, além de afetar própria sensibilidade da pele.
A pele é afetada pela presença da alfa sinucleína alterada na própria pele. A inervação que vai para os vasos, glândulas e pelos é afetada pela doença, além do controle autonômico central sofrer consequências também.
Como o controle dos vasos sanguíneos (cor, presença ou ausência de sangue e de elementos de defesa ou inflamatórios), glândulas (sudoríparas, sebáceas), fâneros (pelos e unhas) e nervos (a própria sensibilidade por si só) são afetados, a repercussão de cada fator gera outros elementos clínicos.
Saiba mais sobre este tema assistindo nosso vídeo, disponibilizado a seguir:
Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5352163/
A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.
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