A síndrome da dor miofascial está associada a zonas hiperalgésicas no músculo. Chamamos essas regiões de pontos de gatilho miofascial.
O “ponto-gatilho” é uma região do músculo que, por algum motivo, está sendo mal irrigada com sangue, formando nódulos enrijecidos, que podemos sentir com as pontas dos dedos.
Quando palpados, os pontos de gatilho miofasciais ativos causam sintomas locais, incluindo dor.
Estes pontos de gatilho podem se desenvolver em qualquer região do corpo, em resposta a lesões súbitas, sobrecarga muscular ou microtrauma repetitivo. Também podem ocorrer por má postura, excesso ou falta de atividade física ou ainda por estresse emocional.
Antes de explicar o que é a Síndrome da Dor Miofascial (SDM), vamos entender o que é a Fáscia. A fáscia é uma banda ou faixa de tecido conjuntivo, principalmente colágeno, sob a pele que une, estabiliza, junta músculos e outros órgãos internos, da cabeça aos pés1.
Permite que os músculos se movam livremente ao lado de outras estruturas e auxiliam na diminuição do atrito. Pode ser encontrada imediatamente abaixo da pele, envolta dos músculos, grupos musculares, ossos, nervos, vasos sanguíneos, órgãos e células1.
A Síndrome da Dor Miofascial é caracterizada pela inflamação crônica dos músculos. Ela é causada por um estado de contração muscular sem o relaxamento: durante um movimento temos a contração das fibras musculares e o relaxamento das mesmas e assim acontece o movimento desejado. Dessa forma, se o músculo está continuamente contraído, o sangue não passa por dentro do músculo e, por consequência, não elimina as toxinas. Ao acumular toxinas o músculo entra em um estado de inflamação. Esse estado de inflamação crônica chama-se Síndrome da Dor Miofascial2.
A síndrome da dor miofascial é definida como a dor que se origina a partir de pontos gatilho miofasciais no músculo. É prevalente em síndromes de dor musculoesquelética, isoladas ou em combinação com outros fatores que geram dor. A avaliação e gerenciamento apropriado da dor miofascial são importantes para a reabilitação do paciente2.
Faltam métodos para diagnósticos específicos da SDM. Foram identificados achados eletrodiagnósticos e morfológicos; no entanto, eles não podem ser aplicados praticamente na configuração clínica devido à restrições de custo e tempo. Isso aumenta a dificuldade do tratamento definitivo, particularmente quando se considera ponto gatilhos miofasciais persistentes2.
A SDM normalmente envolve músculos em áreas corporais assimétricas ou focais, enquanto a fibromialgia é tipicamente uma síndrome de dor muscular difusa e simétrica que envolve ambos lados do corpo2.
A SDM causa dor localizada da musculatura. Os músculos afetados causam dor no pescoço, na coluna, geralmente afeta somente um lado do corpo ou um dos lados mais do que o outro. É comum ter sensibilidade e espasmos nas áreas dolorosas e sensibilidade nas áreas sem a presença da dor crônica2.
É comum pacientes com SDM terem dificuldade ao dormir ou manter uma rotina adequada de sono. Isso está associado ao cansaço ao despertar e à fadiga diurna. A rigidez após a inatividade é comum2.
A melhor maneira de tratar é com a fisioterapia, onde se utiliza diversas técnicas de desativação dos pontos gatilho. As causas comuns de disfunção e dor miofascial podem ser trauma direto ou indireto, patologia da coluna vertebral, entre outros. Tratar a origem é atualmente a estratégia mais amplamente aceita para a terapia da SDM. Se a causa não for tratada os pontos gatilhos miofasciais podem voltar e a SDM pode persistir2.
Saiba mais sobre o assunto, assistindo a este vídeo:
Referências:
1 – Fascial bundles of the infraspinatus fascia: anatomy, function, and clinical considerations
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4694164/
2 – Myofascial Pain Syndrome: A Treatment Review https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4107879/
A síndrome da dor miofascial está associada a zonas hiperalgésicas no músculo (pontos de gatilho miofascial). Essa região do músculo está sendo mal irrigada com sangue, formando nódulos enrijecidos que resultam em dor. As causas comuns de disfunção miofascial incluem trauma direto ou indireto, que provocam inflamação muscular crônica. Faltam métodos diagnósticos específicos para a doença, por isso, tratar a origem é a melhor opção.
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