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Interditar Juridicamente a Pessoa com Alzheimer

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Memória / Alzheimer

Publicado: 20 de fevereiro de 2018 | Atualizado: 18 de fevereiro de 2019

Existem alguns fatores a se considerar sobre quando e porque interditar juridicamente a pessoa com Alzheimer. Muitas pessoas não estão preparadas para tomar decisões quanto a situação legal e financeira do paciente com Alzheimer e não pensar sobre o assunto pode causar sérias consequências.

Interditar Juridicamente a Pessoa com Alzheimer

Porque Interditar Juridicamente a Pessoa com Alzheimer

Com a evolução da Doença de Alzheimer (DA) a pessoa perde gradualmente a habilidade de pensar claramente e, portanto, tomar decisões. A DA faz com que a pessoa não tenha mais capacidade ou faculdades mentais e cognitivas para responder pelos seus atos. Ou seja, ela não tem mais capacidade de cumprir com as suas responsabilidades e seus deveres civis. Isso envolve decisões sobre: herança, votar, planejamento financeiro, questões legais e etc.

Médicos e advogados incentivam pessoas recém diagnosticadas com doenças degenerativas (especialmente que afetam o cognitivo) a avaliar e organizar suas condições financeiras e de saúde o mais rápido possível.

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Quando Interditar Juridicamente a Pessoa com Alzheimer

Quando deve-se tomar essa decisão é muito particular. É quando o paciente junto com os familiares e com o médico percebem que realmente não está tendo mais capacidade para tal. Isso pode ser avaliado através de exames, testes cognitivos e até mesmo na prática do dia a dia.

A observação dos familiares é importante para definir se a pessoa tem ou não capacidade de movimentar dinheiro, etc.

Sem fazer tudo isso, é muito fácil a pessoa cair em golpes ou até mesmo ser vítima de estelionatário, por exemplo:

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  • Fazer doações que possam prejudicar a família;
  • Se envolver com pessoas que possam se aproveitar da situação, fazendo com que pessoas com um processo de demência assinem documentos e passem bens materiais e propriedades para elas;
  • Etc.

O que pensar antes de Interditar Juridicamente a Pessoa com Alzheimer

Começar as discussões sobre o assunto cedo. A pessoa no estágio inicial do Alzheimer pode entender o problema e ajudar os familiares a tomarem as decisões antecipadamente. Porém os pacientes também podem estar em um estado emocional frágil e defensivo, portanto deve-se tomar cuidado ao tocar no assunto.

Logo que o Alzheimer é diagnosticado (em estágio inicial) é o melhor momento para começar a falar sobre o assunto. O paciente estando em condições de tomar decisões, pode dar sua opinião e expressar o que quer que aconteça com seus bens, como seu dinheiro seja usado e etc.

Porém, o Alzheimer nem sempre é diagnosticado em um estágio inicial. Nesses casos é necessário uma avaliação de um neurologista. Para que possa saber se a pessoa ainda tem capacidade de tomar decisões sozinho antes que possa ajudá-los.

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Rever o planejamento com o tempo. Mudanças nas situações pessoais podem ocorrer e portanto é necessário rever e atualizar o que foi inicialmente planejado. Como por exemplo um divórcio, óbito na família, mudança de casa, etc.

Veja mais informações assistindo a este vídeo:

Referências

1 – Legal and Financial Planning for People with Alzheimer’s

https://www.nia.nih.gov/health/legal-and-financial-planning-people-alzheimers

 

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Memória / Alzheimer

A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável e progressiva. A maioria das vítimas são pessoas idosas. A doença apresenta sintomas como perda de funções executivas e cognitivas (como a memória), causada pela morte de células cerebrais. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas existentes, retardando a evolução da doença. Os tratamentos indicados são divididos em farmacológicos e os não-farmacológicos.

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