Desde a década de 50, o sono vem sendo reconhecido como um processo neural ativo, absolutamente necessário à homeostase do nosso organismo. Assim, o estudo da apneia do sono, definida como episódios repetidos de paradas respiratórias que ocorrem durante o sono, passou a ter maior importância, por este problema conduzir a importantes alterações cardiovasculares e neuropsicológicas, interferindo de forma significativa na vida do paciente.
Dentre os procedimentos diagnósticos da apneia do sono, é importante a realização de estudos do sono, e a polissonografia é considerada o exame padrão-ouro para este diagnóstico. Neste artigo, vamos conhecer melhor sua importância e como ela é realizada.
A polissonografia é feita durante uma noite de sono, com monitorização contínua de variáveis eletrofisiológicas, como eletroencefalograma, movimentos oculares e abdominais e fluxo aéreo, para caracterizar a quantidade e a qualidade do sono. Também é realizado eletrocardiograma, para registro de frequência e ritmo cardíacos e a medida da saturação arterial de oxigênio.
A partir dos dados obtidos, o exame fornece o índice de apneia e hipopneia (número total desses eventos por hora de sono), a média do tempo de apneia e a saturação mínima de oxigênio arterial, parâmetros utilizados para o diagnóstico da gravidade do quadro de apneia obstrutiva do sono.
Apneia (do grego, a = prefixo de negação e pneia = respirar) é definida como a cessação da respiração por 10 ou mais segundos. As apneias podem ser classificadas como obstrutivas, mistas ou centrais.
Nas apneias obstrutivas, o fluxo aéreo é impedido por alguma obstrução nas vias aéreas superiores, em que é necessário esforços repetidos para restabelecer a respiração. Durante as apneias centrais, a ventilação cessa porque o sistema nervoso central é incapaz de ativar o diafragma e outros músculos respiratórios.
Já as apneias mistas começam com uma pausa do centro respiratório, seguida por aumento sucessivo do esforço respiratório contra uma via aérea obstruída.
As hipopneias também podem ser classificadas em obstrutivas, centrais ou mistas. Nestes casos, o fluxo aéreo se reduz, mas não é interrompido.
Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Yale conseguiu identificar 7 classificações da apneia do sono, por meio dos dados fisiológicos gerados pela polissonografia.
Os pesquisadores usaram dados polissonográficos em quatro domínios fisiopatológicos: perturbação da arquitetura do sono, desregulação autonômica, distúrbios respiratórios e falta de oxigenação em 1.247 voluntários. A análise resultou em sete subgrupos de apneia do sono:
Após o ajuste para outros fatores, as categorias mais graves do distúrbio foram significativamente associadas a diferentes implicações cardiovasculares, como síndrome coronariana aguda, acidente vascular cerebral e morte.
Segundo os pesquisadores, este estudo acrescenta novas evidências de que a avaliação polissonográfica pode apontar as categorias de gravidade da apneia do sono, fornecendo dados para classificar pacientes em subgrupos que refletem diferentes processos fisiopatológicos, com risco de eventos cardiovasculares adversos ou a morte. Dessa forma, o exame é um recurso importante para a estratificação de risco e a seleção do tratamento.
A apneia do sono é uma condição caracterizada por pausas na respiração que duram alguns segundos, e que ocorrem diversas vezes durante o sono. Essa doença classifica-se como Apneia Obstrutiva do Sono ou Apneia Central do Sono. Suas causas e tratamentos podem variar, e o ronco é um importante sintoma. O diagnóstico é feito pela avaliação dos sintomas e do exame de Polissonografia.
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