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Tênis de Mesa Pode Ajudar no Tratamento do Parkinson

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Doença de Parkinson

Publicado: 23 de abril de 2020

Tênis de Mesa Pode Ajudar no Tratamento do Parkinson – A doença de Parkinson é um distúrbio progressivo do sistema nervoso que afeta o movimento. Os sintomas iniciam gradualmente, às vezes começando com um tremor quase imperceptível em apenas uma mão. Tremores são comuns, mas o distúrbio também causa rigidez ou lentidão de movimentos.

As pesquisas sobre tratamentos disponíveis para a condição estão sempre se renovando, recentemente foi descoberto que o tênis de mesa pode auxiliar o tratamento de parkinson, para saber como, continue lendo este artigo.

Doença de Parkinson e Tênis de Mesa

A doença de Parkinson é um distúrbio do movimento no qual uma substância química no cérebro chamada dopamina é gradualmente reduzida. Esse processo resulta em sintomas que pioram lentamente, incluindo tremores, membros rígidos, movimentos lentos, postura prejudicada, problemas de marcha, problemas de equilíbrio e alterações na fala.

O pingue-pongue, também chamado de tênis de mesa, é uma forma de exercício aeróbico realizada pela população em geral para melhorar a coordenação olho-mão, aprimorar os reflexos e estimular o cérebro. Com o resultado dos benefícios do tênis de mesa, cientistas desejaram descobrir se as pessoas com doença de Parkinson teriam benefícios semelhantes, ou mesmo reduzir alguns de seus sintomas.

O Estudo

O estudo envolveu 12 pessoas com idade média de 73 anos e doença de Parkinson leve a moderada. As pessoas foram diagnosticadas com Parkinson por uma média de sete anos.

Os pacientes foram examinados no início do estudo para ver quais sintomas tinham e qual a gravidade dos sintomas.

Os participantes jogavam pingue-pongue uma vez por semana, durante seis meses. Durante cada sessão semanal de cinco horas, eles realizavam exercícios de alongamento seguidos de exercícios de tênis de mesa com instruções de um experiente jogador de tênis de mesa. O programa foi desenvolvido especificamente para pacientes com doença de Parkinson por jogadores experientes de tênis de mesa do departamento de Ciências do Esporte da Universidade de Fukuoka.

Os Resultados Positivos – Tênis de Mesa e Parkinson

Os sintomas de Parkinson foram avaliados novamente após três meses e no final do estudo.

O estudo constatou que, nos três meses e nos seis meses, os participantes do estudo experimentaram melhorias significativas na fala, caligrafia, em vestir-se, sair da cama e caminhar. Por exemplo, os participantes tiveram uma média de mais de duas tentativas de sair da cama no início do estudo, em comparação com uma média de uma tentativa no final do estudo.

Os participantes do estudo também experienciaram melhorias significativas na expressão facial, postura, rigidez, lentidão de movimentos e tremores nas mãos. Por exemplo, para rigidez do músculo do pescoço, os pesquisadores avaliaram os sintomas e pontuaram cada participante em uma escala de zero a quatro, com uma pontuação de um representando rigidez mínima, dois representando rigidez leve, três representando rigidez moderada e quatro representando rigidez severa. A pontuação média para todos os participantes no início do estudo foi de três, em comparação com uma pontuação média de dois no final do estudo.

Resultados Restantes – Tênis de Mesa e Parkinson

Dois participantes tiveram efeitos colaterais negativos. Uma desenvolveu uma dor nas costas e outra sofreu uma queda.

Embora este estudo seja pequeno, os resultados são animadores porque mostram que o pingue-pongue, uma forma de terapia relativamente barata, pode melhorar alguns sintomas da doença de Parkinson.

Mais pesquisadores planejam expandir os conhecimentos dessa ligação, pois houve uma limitação nos resultados já que os participantes não foram comparados a um grupo controle de pessoas com doença de Parkinson que não jogavam pingue-pongue. Outra limitação foi que um único especialista avaliou os pacientes.

No entanto, essa pesquisa já confirma os benefícios, mesmo não sabendo a totalidade destes. Caso deseje inserir a prática no seu tratamento ou no de algum familiar, converse com o seu médico neurologista de confiança!

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Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.

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