A angústia é um sentimento conhecido por todos. Por mais difícil que seja definir ou descrever esse sentimento, uma pessoa que está passando por isso sabe reconhecer a sensação, pois consegue perceber o sofrimento causado pela mesma. É possível identificar essa angústia a partir do surgimento de algum sentimento negativo, que normalmente está atrelado a uma carga de sofrimento.
Esta é a principal diferença entre angústia e ansiedade, visto que ambas se parecem e podem ser confundidas. Essas duas condições partem do mesmo núcleo cerebral, ou seja, vem da mesma circuitaria emocional do cérebro. A definição de angústia está sempre relacionada a emoções negativas, sofrimento e o sentimento de ansiedade.
Entretanto, a ansiedade nem sempre é negativa, já que pode ser ocasionada por coisas boas. As pessoas podem ficar ansiosas por eventos ou acontecimentos bons, como uma viagem esperada. Em casos desse tipo, a pessoa não vivencia uma experiência negativa, apenas vivencia uma experiência de ansiedade, que a deixa mais ativa, com mais energia, e pronta para reagir àquele acontecimento, sem ter sua integridade psíquica ameaçada.
Já a angústia manifesta-se através da ansiedade e sentimentos obrigatoriamente negativos que ocorrem internamente, esses sentimentos são abafados e implosivos, não são sofrimentos explosivos que podem ser identificados externamente. Neste caso, a integridade psíquica da pessoa encontra-se ameaçada, o que não costuma ocorrer nos casos em que a pessoa está somente ansiosa.
A partir do momento que a ansiedade começa a apresentar aspectos negativos, ela torna-se angústia, e isso sim traz ameaça à integridade psíquica da pessoa. Como quando a pessoa está ansiosa devido à um evento negativo e precisa descobrir como lidar com aquilo, ou seja, ela está ansiosa mas tem um motivo real para isso, trata-se uma ansiedade positiva.
Já a angústia sempre está acompanhada do sofrimento, é uma implosão que sempre tem um aspecto negativo. Quando a pessoa percebe que está angustiada, ela pode e deve fazer alguma coisa a respeito. Perceber esses sentimentos negativos é o primeiro passo para reagir a esta angústia.
Há uma grande diferença entre ter uma angústia aguda e ter uma angústia prolongada, visto que esta última pode perdurar ao longo de meses, ou até anos. Um exemplo é uma pessoa que recebeu uma notícia muito ruim, como ser demitido do emprego. Esta ocorrência vai causar uma angústia, e nesse momento isto é considerado natural, visto que a pessoa tem um futuro incerto com contas a pagar, e não sabe como vai resolver tal situação. Neste caso, a pessoa fica angustiada pela luta da própria sobrevivência.
Para lidar com essa angústia que está relacionada a fatos concretos, a primeira coisa que a pessoa deve fazer é tentar se acalmar. Existem técnicas de respiração que podem ajudar muito nesses casos, que consistem em respirar profundamente, prender o ar e segurá-lo, contar até 5 e soltá-lo lentamente. Realizar este exercício várias vezes, prestando atenção somente na respiração, reduz a frequência cardíaca e consequentemente tira a pessoa desse estado de agitação, que é uma característica da angústia aguda.
Depois disso, é importante tentar racionalizar os fatos e não entrar em pânico, no intuito de vencer com argumentos mentais lógicos, todas as questões e a ansiedade que esse estado de angústia cria. Aceitar os fatos e encarar as coisas de uma forma otimista é essencial para controlar tais sentimentos negativos. No exemplo dado, a pessoa precisa primeiramente encarar que perdeu o emprego e ao invés de ficar pensando nisso incessantemente, ela deve focar em outra coisa, como alternativas para conseguir um novo emprego.
Desse modo, a pessoa aprende a lidar com seus problemas utilizando pensamentos racionais fortes, no intuito de desconstruir os medos infundados e dessa forma destruir a angústia que estava afligindo-a. Este processo é muito eficaz para acabar com a angústia momentânea.
Nos casos em que a angústia ocorre por mais de um mês, ela é considerada uma angústia crônica. Nestes casos, o cérebro passa muito mais tempo produzindo esses sentimentos de angústia do que combatendo-os de fato, e dificilmente conseguirá reverter essa angústia por si só. Por isso, ao notar tais manifestações por tempo prolongado, é extremamente importante buscar ajuda profissional, como um neurologista ou um psiquiatra que possa investigar esses sentimentos negativos, e possivelmente indicar alguma terapia ou tratamento medicamentoso.
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Os transtornos emocionais caracterizam-se por disfunções comportamentais e cerebrais, que afetam a saúde psicológica e a qualidade de vida dos pacientes. Distúrbios como depressão, ansiedade, estresse, síndrome do pânico e fobia social estão inclusos nesta categoria. As causas, sintomas, e terapias variam de acordo com a condição. É essencial buscar ajuda especializada para diagnosticar e tratar adequadamente o problema.
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