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Hipomimia Facial – Compreenda a Expressão Facial Reduzida em Pessoas com Parkinson

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Doença de Parkinson

Publicado: 1 de agosto de 2023

A hipomimia facial é um dos sintomas da doença de Parkinson caracterizado por uma expressão vazia mesmo que a pessoa esteja realmente experimentando uma forte emoção.

Se você tem Parkinson, a falta de dopamina no cérebro pode impedir que os músculos faciais funcionem tão bem quanto antes. Isso pode acontecer também com os delicados músculos do rosto, reduzindo a qualidade e a quantidade de expressões faciais.

Continue a leitura deste artigo para saber mais sobre a hipomimia facial e o que podemos fazer para tratar esse sintoma.

Hipomimia Facial ou Mascaramento Facial

Quando pensamos em músculos que podem ser afetados pela rigidez e lentidão da doença de Parkinson, os músculos que você treina na academia, provavelmente, são os primeiros que vêm à mente: pernas, braços, talvez até abdominais.

No entanto, a mesma rigidez e lentidão que podem afetar sua caminhada e outras atividades também podem ter impactos mais sutis. Uma delas é a expressão facial reduzida, a hipomimia, também chamada de mascaramento facial. A hipomimia pode ser muito perceptível em algumas pessoas com Parkinson, mas menos em outras.

Quando os músculos do rosto estão rígidos ou demoram mais para se mover, pode ser difícil sorrir, levantar as sobrancelhas ou expressar seus sentimentos usando o rosto, que é uma parte importante de como nos comunicamos.

Combinado com as alterações de fala que o Parkinson traz, como baixo volume de voz, o mascaramento facial pode dificultar a interpretação de seu humor e das suas intenções por outras pessoas. As pessoas podem presumir que você está chateado ou deprimido o tempo todo, o que pode ser frustrante se perguntarem constantemente: “O que há de errado?” quando você está se sentindo bem.

Apatia X Hipomimia Facial

Por outro lado, algumas pessoas com Parkinson têm apatia e problemas de motivação, o que significa que podem não responder às emoções como costumavam fazer.

Pode parecer que há uma ligação em alguns casos, mas podem ser dois aspectos comuns do Parkinson acontecendo ao mesmo tempo.

Por esse motivo, se você apresentar sintomas de depressão, converse com seu médico. Alterações de humor são comuns no Parkinson e tratáveis.

Como Tratar a Hipomimia Facial

Os medicamentos para tratar os sintomas do movimento devem ajudar no mascaramento facial, pois aliviam a rigidez muscular.

Também é uma boa ideia pedir ao seu médico um encaminhamento para um fonoaudiólogo. Esse profissional da equipe multidisciplinar pode ensinar exercícios faciais que são muito eficazes em trabalhar o mascaramento, bem como, outros problemas que você possa ter, incluindo problemas de fala e deglutição.

Embora essas formas de tratamento sejam eficazes em melhorar o movimento facial em pessoas com Parkinson, atividades como dança, canto ou teatro também podem ajudar o paciente a melhorar suas expressões faciais.

Lidando com o Impacto Social da Hipomimia Facial

A perda da expressividade facial pode afetar negativamente as interações e os relacionamentos sociais, principalmente quando combinada com outros sintomas, como dificuldades de fala e alterações na linguagem corporal ou na gesticulação.

A capacidade da pessoa de expressar fisicamente pensamentos e sentimentos é reduzida, e outras pessoas podem ter dificuldade em entendê-las ou interpretá-las erroneamente.

Se estão acontecendo com muita frequência casos em que as pessoas interpretam mal o seu humor ou não acreditam em você quando diz como está se sentindo, tente explicar a dificuldade com o controle muscular e a expressão.

Mostrar este artigo a elas também pode ajudá-las a entender melhor como você está se sentindo e aumentar seu conhecimento sobre o Parkinson.

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Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.

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