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Esclerose Lateral Amiotrófica – Saiba Mais

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Neurologia Geral

Publicado: 13 de fevereiro de 2024 | Atualizado: 13 de fevereiro de 2024

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença rara e devastadora que afeta as células nervosas responsáveis pelo controle dos movimentos voluntários, levando a uma degeneração progressiva. Com uma incidência de um a cada 50 mil casos por ano e prevalência de um a cada 20 mil casos por ano, a ELA apresenta desafios médicos e emocionais tanto para os pacientes quanto para seus entes queridos.

O que é a Esclerose Lateral Amiotrófica e seus Tipos?

A ELA é caracterizada pela degeneração das células nervosas que controlam os movimentos musculares. Essa incapacidade de comunicação entre o cérebro, medula espinhal e músculos resulta em dificuldades progressivas para realizar atividades diárias como andar, falar, mastigar e até mesmo respirar. A doença possui duas formas principais:

  • Esporádica: Representando cerca de 90% a 95% dos casos, essa forma ocorre aleatoriamente, sem uma causa conhecida;
  • Familiar: Associada ao histórico familiar, essa variante da doença é hereditária, respondendo por 5% a 10% dos casos.

Os sintomas geralmente aparecem entre os 55 e 75 anos, mas a ELA pode afetar pessoas mais jovens. Homens e mulheres são igualmente suscetíveis, com uma leve predominância no sexo masculino. A doença também é conhecida como doença de Lou Gehrig, homenageando o famoso jogador de beisebol que foi afetado pela doença.

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Causas e Fatores de Risco

Embora cerca de 10% dos casos estejam relacionados à genética, as causas exatas da ELA ainda são desconhecidas na maioria dos casos. Alguns fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença incluem:

  • Idade: A ELA é mais comum em pessoas entre 55 e 75 anos;
  • Tabagismo: Estudos sugerem que o tabagismo pode ser um fator de risco, especialmente entre mulheres na menopausa;
  • Exposição a produtos químicos: Exposição a substâncias tóxicas como chumbo pode estar associada à ELA, embora a relação não seja conclusiva.

Sinais, Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas iniciais da ELA podem ser sutis e muitas vezes são negligenciados. Entre os sinais de alerta estão fala anasalada, dificuldades para mastigar ou engolir, contrações musculares, cãibras, espasticidade e fraqueza muscular. Conforme a doença avança, a atrofia muscular se espalha, comprometendo funções vitais como a respiração.

O diagnóstico da ELA é complexo e muitas vezes demorado. Inicialmente, os médicos analisam os sintomas e realizam exames clínicos. Exames eletrofisiológicos, como a eletromiografia (EMG) e estudo de condução nervosa (NCS), podem ser solicitados para avaliar a atividade elétrica dos músculos e nervos. A ressonância magnética (RM) também pode ser usada para descartar outras condições.

Prevenção e Tratamento

Atualmente, não há cura para a ELA, mas existem abordagens terapêuticas para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença. O tratamento é multidisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros. Medicamentos, terapia física, reabilitação, suporte nutricional e cuidados emocionais são componentes essenciais do plano de tratamento.

Não há métodos conhecidos para prevenir a ELA. No entanto, para aqueles com histórico familiar da doença, a investigação genética pode ser recomendada para diagnóstico precoce. Pesquisas com células-tronco e estudos sobre a biologia das células nervosas estão em andamento, mas ainda não oferecem soluções definitivas.

Entendendo a Jornada da ELA

A ELA é uma condição que desafia não apenas o corpo, mas também a mente. A rapidez com que os sintomas se desenvolvem e a falta de cura tornam essa jornada extremamente desafiadora. Pacientes, muitas vezes, enfrentam a perspectiva de perder gradualmente sua capacidade de se mover, falar e, finalmente, de respirar.

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O diagnóstico precoce desempenha um papel crucial no gerenciamento da ELA. Com avanços na pesquisa, novas terapias estão sendo exploradas, incluindo a terapia gênica, oferecendo esperança para o futuro. Enquanto isso, a comunidade médica, familiares e amigos desempenham um papel vital no apoio aos pacientes, garantindo que sua qualidade de vida seja otimizada durante toda a jornada da doença.

Em última análise, a ELA é uma batalha desafiadora, mas a resiliência dos pacientes e a busca contínua por soluções médicas oferecem uma mensagem de esperança em meio à adversidade.

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