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Dor Crônica Causa Demência? Saiba Mais!

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Dor, Memória / Alzheimer

Publicado: 12 de abril de 2019 | Atualizado: 12 de abril de 2019

Pesquisadores de uma instituição em San Francisco nos Estados Unidos descobriram que pessoas mais velhas com dor persistente apresentam declínios mais rápidos na memória à medida que envelhecem, além de serem mais propensos a desenvolver demência anos depois.

Esses fatores significam uma possível indicação de que a dor crônica está de alguma forma relacionada a alterações cerebrais que contribuem para a demência.

Dor Crônica Causa Demência?

A dor crônica é comum entre os idosos, e foi associada a déficits cognitivos em estudos realizados por algumas instituições. A dor crônica afeta 25-33% dos idosos, e esse índice aumenta conforme a idade avança. Os idosos são menos propensos a se recuperarem da dor crônica quando comparados com pacientes mais jovens.

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Os pacientes com dor, incluindo os idosos, têm probabilidade duas vezes maior de relatar um estado de saúde ruim. Mais recentemente, estudos baseados na população demonstraram uma associação entre a dor e síndromes geriátricas, como cataratas, incapacidade funcional, declínio cognitivo e demência.

Dor Crônica Causa Demência? – O Estudo

O objetivo do estudo realizado era determinar a associação entre dor persistente, dor crônica e um possível declínio cognitivo, numa análise de nível populacional. A importância do estudo realizado se dá devido às implicações negativas para a independência funcional dos pacientes, além da redução na qualidade de vida.

A associação entre dor crônica e comprometimento cognitivo merece mais atenção, visto que estudos transversais realizados utilizaram-se de testes neuropsicológicos detalhados que revelaram déficits significativos na atenção, memória, processamento de informação e função executivas.

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Dor Crônica Causa Demência? – Possíveis Causas

A pesquisa sugere três causas que podem estar ligadas à associação entre dor crônica e demência.

Analgésicos

Um aumento do risco de demência pode ser causado por analgésicos, como os opioides, que as pessoas estão consumindo mais.

Dor

Há também a possibilidade de que a própria experiência da dor em si, de algum modo comprometa a capacidade do cérebro de codificar memórias e outras funções cognitivas.

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Causa Não Identificada

Finalmente, pode ser devido a algum outro fator que não foi analisado no estudo e, portanto, não pôde ser considerado.

Mas mesmo se este for o caso, os resultados permanecem clinicamente relevantes, porque a dor pode ser usada como um marcador para o aumento do risco de declínio cognitivo futuro, mesmo que a base biológica da associação ainda não esteja clara.

Dor Crônica Causa Demência? – Saiba Mais

Pessoas que sofrem de dor crônica costumam ter a capacidade de atenção diminuída e a memória prejudicada. Um dos pesquisadores afirmou que quando a dor é severa, pode ser que a atenção se desvie o suficiente para interferir na consolidação da memória.

Outra possibilidade é que o estresse emocional de estar com dor, ativa as vias hormonais de estresse no corpo que são ligadas ao declínio cognitivo. De qualquer modo, tratar a dor efetivamente poderia proteger a cognição.

Diminuição do Impacto da Dor Crônica

Profissionais da área da medicina frequentemente lutam para controlar a dor de seus pacientes, uma vez que as terapias atuais, além de serem viciantes, nem sempre funcionam.

No entanto, mesmo aqueles pacientes que continuam sofrendo (por um possível declínio cognitivo mais acelerado) ainda podem ser ajudados com dispositivos auxiliares, terapia física e ocupacional, ou estratégias como técnicas de atenção plena, que visam o aumento da autoeficácia e redução do impacto emocional da dor crônica.

Fonte: https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2629448

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Memória / Alzheimer

A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável e progressiva. A maioria das vítimas são pessoas idosas. A doença apresenta sintomas como perda de funções executivas e cognitivas (como a memória), causada pela morte de células cerebrais. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas existentes, retardando a evolução da doença. Os tratamentos indicados são divididos em farmacológicos e os não-farmacológicos.

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