A dieta cetogênica tornou-se muito popular, principalmente por prometer um emagrecimento mais rápido que outras dietas, e ao mesmo tempo ser pouco restringente em relação ao consumo de gorduras e proteínas.
A real origem da dieta cetogênica foi o tratamento para epilepsia: o principal intuito dela não era a perda de peso, e sim o tratamento adjuvante da epilepsia.
Recentemente, a dieta tem sido avaliada para ser usada como forma de tratamento para outras doenças (não só neurológicas). O Mal de Alzheimer é uma das opções considerada como candidata para ser tratada com dieta cetogênica.
A dieta cetogênica caracteriza-se como uma dieta com consumo extremamente baixo de carboidrato (ou até zero carboidrato). Ela é muito rica em lipídios (gordura “boa” – não é a gordura trans ou a hipersaturada de colesterol) e seu consumo diário deve ser, mais ou menos, 60 a 70% de gordura, 30% de proteína e 5% (ou menos) de carboidrato.
O intuito da dieta é ensinar o corpo a utilizar o lipídio como forma de energia, pois a gordura é uma excelente fonte de energia. Quando o corpo se utiliza da gordura, ele precisa quebrar a molécula para transformá-la em glicose por meio da neoglicogênese, e nesse processo o corpo também produz corpos cetônicos que são fontes de energia utilizados pelo cérebro.
Esse processo faz com que o corpo se acostume a se alimentar a partir dos lípidos, e assim, o corpo também irá se utilizar da gordura de reserva que está armazenada no corpo.
As pessoas não costumam fazer a dieta cetogênica original: a Atkins é a mais utilizada, mas o consumo de carboidrato é maior, o que dificulta o alcance do processo de cetose. Para saber a quantidade de corpos cetônicos que há no corpo, existe um teste de farmácia parecido com o que mede diabetes, mas nesse caso o aparelho mede a cetonemia.
Em casos de epilepsia que utilizam a dieta cetogênica como tratamento, 15 a 20% dos casos passam a controlar completamente os controles reflexivos das crises convulsivas. Os outros 60 a 70% dos casos tem uma redução parcial extremamente significativa.
A dieta não significa que o paciente irá parar de tomar remédios controlados, mas significa que o controle das crises e da utilização de medicamentos será maior.
A dieta trata a epilepsia através de neurotransmissores de inibição, que são ativados por mecanismos complexos ligados aos corpos cetônicos. Estes percorrem a barreira hematoencefálica por meio do sangue no cérebro, e assim fazem uma inibição natural da atividade neural excessiva, desinflando os neurônios e mantendo o cérebro em seu melhor estado.
Existem medicamentos que foram feitos para ajudar a dieta cetogênica no tratamento para epilepsia, eles são produzidos a base de gorduras. No entanto, é importante frisar que não é qualquer tipo de gordura que o paciente deve consumir: existem gorduras saudáveis como a do abacate, do azeite, da azeitona, etc.
A dieta cetogênica deve ser feita em um período de, mais ou menos, três a seis meses para os pacientes de epilepsia. Até que seja feita a análise da melhora do paciente, essa dieta tem que ser contínua e regrada.
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Fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2898565/
É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, cuja causa não é relacionada a febre, drogas ou distúrbios metabólicos, e se expressa por crises epilépticas repetidas. A alteração pode ser proveniente de lesões cerebrais, neurocisticercose, abuso de bebidas alcoólicas e uso de drogas. Mas muitas vezes não é possível conhecer a causa exata que deu a origem ao problema.
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