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Dieta cetogênica fornece esperança para epiléticos

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Epilepsia

Publicado: 24 de janeiro de 2016 | Atualizado: 5 de dezembro de 2018

Pesquisadores da Universidade de Londres identificaram como uma dieta específica pode ser usada para ajudar a tratar pacientes com epilepsia não controlada. As conclusões, que revelam como a dieta cetogênica (a dieta é composta por altos níveis de gorduras e baixos níveis de alimentos contendo carboidratos) atua para bloquear ataques em pacientes com epilepsia fármaco-resistentes, foram publicadas na revista Brain.

Os corpos cetônicos são formas de fonte energética para o organismo, assim como a glicose. Eles são produzidos exclusivamente quando há pouco glicose no organismo, através da quebra de gorduras.

A dieta cetogênica clássica é utilizada há mais de 90 anos para o tratamento das epilepsias refratárias. É constituída por um alto teor de gorduras  (90% do valor de calorias) sendo estas a base nutricional da alimentação. Também conta com taxas restritas de carboidratos e proteínas, com uma relação de gramas de gordura por gramas de proteínas mais carboidratos de 4:1.

Para sua preparação é necessário ter todos os alimentos preparados e pesados em uma balança de precisão (balança digital de cozinha), e devem ser completamente consumidos pelo paciente e rigorosa orientação do nutricionista

A eficácia do tratamento é avaliada através do controle do número de crises. Entre 15-20% dos pacientes alcançam um controle de crises completo, enquanto 60-70% alcançam uma redução significativa no número de crises. De qualquer forma é preciso levar em conta que o tratamento com a dieta cetogênica sozinha, nem sempre é eficaz.

A epilepsia afeta mais de 50 milhões de pessoas no mundo e cerca de um terço das pessoas com a doença não controla as convulsões adequadamente com os tratamentos atuais.

Ao examinar as gorduras fornecidas pela dieta cetogênica, os pesquisadores identificaram um ácido graxo específico, o ácido decanoico, que supera as drogas usadas atualmente para controlar convulsões e que pode ter menos efeitos colaterais.

“A descoberta permitirá desenvolver o aperfeiçoamento do tratamento da epilepsia”, afirma o neurologista, Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140.

 

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Epilepsia

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, cuja causa não é relacionada a febre, drogas ou distúrbios metabólicos, e se expressa por crises epilépticas repetidas. A alteração pode ser proveniente de lesões cerebrais, neurocisticercose, abuso de bebidas alcoólicas e uso de drogas. Mas muitas vezes não é possível conhecer a causa exata que deu a origem ao problema.

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