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Atitudes que Podem Auxiliar o Tratamento da Esclerose Múltipla

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Esclerose Múltipla

Publicado: 1 de dezembro de 2020 | Atualizado: 22 de julho de 2021

Tratamento da Esclerose Múltipla. Hoje em dia, a esclerose múltipla (EM) ainda não é uma doença curável. Entretanto, estratégias eficazes podem ajudar a modificar ou a retardar o curso da doença, tratar recaídas, controlar os sintomas, melhorar a função e a segurança, e cuidar da saúde emocional.

O tratamento da EM é abrangente, devendo envolver estratégias gerais de gerenciamento de saúde física, mental e emocional. Continue a leitura e conheça algumas atitudes que você pode tomar para Auxiliar no Tratamento da Esclerose Múltipla.

Atitudes que Ajudam o Tratamento da Esclerose Múltipla

Não Sinta Pena

“Se você tem um familiar ou um amigo com esclerose múltipla, faça-lhe um favor: aprenda mais sobre a doença. Assim, da próxima vez em que você ouvi-lo dizer que está cansado e que vai cancelar os planos de sair, você terá uma melhor compreensão dos motivos”, afirma o neurologista Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140.

Compreenda as Dificuldades

Ele pode não aparentar que há “algo errado”, mas o seu sistema imunológico grita isso internamente. As pessoas têm muitas dificuldades em compreender o que é uma doença autoimune.

“Mesmo sem sintomas evidentes, o paciente com esclerose múltipla tem o direito de ocupar uma vaga de estacionamento para deficientes físicos, bem como, portar seringas e outros medicamentos sob refrigeração, e obter prioridade em processos administrativos e judiciais. Essas conquistas não são privilégios. São direitos das pessoas com deficiência e precisam ser respeitados”, destaca o médico.

Pratique a Compaixão e a Tolerância

Tome essas atitudes sempre que você ver alguém com uma deficiência. Ser uma pessoa com esclerose múltipla é enfrentar uma batalha diária para manobrar os desafios da vida.

“As coisas que as pessoas sem deficiência fazem sem pensar, como andar, falar, vestir-se, exercitar-se, fazer xixi, cocô ou manter uma relação sexual, são consideravelmente mais difíceis para as pessoas com a doença”, alerta o neurologista.

Ajude-o a Manter a sua Autoestima Intacta

Imagine-se no lugar de alguém com esclerose múltipla caindo na frente de uma multidão de pessoas que começam a sussurrar e a dizer que ele está bêbado… Imagine-se participando de um evento com alguns amigos e não sendo capaz de acompanhar o ritmo acelerado do seu grupo…

“O paciente com esclerose múltipla não gosta de sobrecarregar os outros com seus problemas. No entanto, mesmo em silêncio, ele se sentiria confortado em saber que não só você entende porque o corpo dele não o obedece, mas que você também está disposto a abrandar o seu ritmo para ajudá-lo a se sentir melhor”, defende Willian Rezende do Carmo.

Seja Paciente

“Todo paciente com esclerose múltipla tem medo da próxima crise, que pode causar estragos em seu corpo. Então, se você faz planos que envolvem um paciente com esclerose múltipla, não se irrite com perguntas, como:

  • Qual a duração do evento?;
  • Onde é o estacionamento mais próximo?;
  • O local é acessível?.

Saiba que há uma razão para tantos questionamentos. Não é que ele tenha perdido a vontade de viver, de sair, de se divertir, mas ele precisa ser cauteloso e cuidar de si mesmo”, orienta o médico.

Outros Cuidados

Como a população em geral, a pessoa com esclerose múltipla está sujeita a problemas médicos que nada têm a ver com a doença.

Visitas regulares ao seu médico neurologista de confiança e testes de triagem adequados à idade são tão importantes para ela quanto para todas as outras pessoas.

Os cuidados dentários de rotina também são importantes e podem ajudar a prevenir complicações de infecções. O mesmo vale para os membros da família – sua saúde e bem-estar também são uma prioridade.

Referência: Annals of Indian Academy of Neurology

Artigo Publicado em: 7 de set de 2015 e Atualizado em: 1 de dez de 2020

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Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é a principal doença imunológica do Sistema Nervoso Central. Ela afeta o cérebro e a medula espinhal por meio de lesões inflamatórias que podem ser leves ou intensas, levando à ruptura da fibra neural, responsável pelo impulso nervoso. Isso implica que a esclerose múltipla é uma doença de caráter inflamatório e neurodegenerativo, uma vez que ela afeta e rompe os neurônios.

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