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Tontura: Quando a Tontura é Labirintite

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Neurologia Geral

Publicado: 6 de dezembro de 2022

A tontura e a labirintite são condições comuns. Tontura é toda dificuldade de se manter em equilíbrio e a incapacidade de se manter estável de maneira correta, contínua e funcional.

Existe um costume inadequado de não levar tontura a sério, confundindo-a com labirintite, porém esse sintoma pode estar relacionado a doenças sérias e, por isso, precisa ser investigado.

Continue a leitura deste artigo para compreender quando a tontura é sintoma da labirintite e quando pode indicar alguma outra condição mais grave.

Tontura – O que é Tontura?

Tontura é toda dificuldade de se manter em equilíbrio e a incapacidade de se manter estável de maneira correta, contínua e funcional.

As causas da tontura podem variar de acordo com a idade, a incidência e a prevalência dos sintomas, pois eles afetam os jovens e idosos de maneiras bem diferentes.

A principal causa de tontura que não é labirintite é a vertigem posicional paroxística benigna. Essa é uma condição na qual a “pedrinha” que fica no labirinto muda de lugar; o intuito dessa pedrinha é trazer a sensação tridimensional de onde está a cabeça.

Por esse motivo, quando ela muda de lugar, qualquer movimento brusco pode se tornar intenso e provocar tonturas, que podem ser acompanhadas de enjoos, sudorese, mal-estar, entre outros.

Usualmente, o que chamamos de labirintite, na verdade, é a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), essa é caracterizada por uma tontura que atinge a pessoa quando ela levanta da cama ou gira na mesma e sofre as mesmas sensações de tontura.

Esse exemplo de tontura está relacionado aos movimentos cefálicos. O mais importante é entender que nem toda tontura simboliza labirintite para evitar desesperos desnecessários. Entretanto, tonturas frequentes podem ser um sintoma alarmante e devem ser investigadas.

O tratamento adequado para essa condição é terapêutico e é realizado através do fonoaudiólogo ou fisioterapeuta. Os tratamentos apresentados por esses profissionais serão mais eficazes do que medicamentos.

Labirintite – O que é Labirintite?

A labirintite vem do termo “ite”, que significa, na medicina, inflamação, assim como conjuntivite, amigdalite, faringite, ou seja, é uma inflamação do labirinto.

Ou seja, labirintite quer dizer que o labirinto está inflamado. Essa inflamação pode ter várias causas, por exemplo, algo viral, infeccioso e até mesmo bacteriano. Os sintomas dessa condição, na maioria das vezes, incluem tontura rotatória contínua.

Mas o que significa tontura rotatória contínua? Esse sintoma envolve movimentos incômodos, que são conhecidos como vertigem, e pode ser causado por problemas no labirinto ou nas conexões centrais da orelha interna.

O principal sintoma da labirintite se apresenta com vertigem e os principais sinais da vertigem são enjoo, vômito e dificuldade para fixar imagens. Por isso, é muito comum experienciar o “nistagmo” do olho, no qual a pessoa vê coisas girando o tempo todo.

Além disso, outro sintoma que se apresenta muito comumente é a dor no ouvido. É extremamente comum que pacientes que sofrem de labirintite também apresentem otite. A pessoa sofre com constantes dificuldades para ouvir, que quando relacionadas à labirintite, se tornam contínuas.

Como a Labirintite é Tratada?

Se você foi diagnosticado com labirintite, pode não precisar de nenhum tratamento.

Em alguns casos, seu médico pode prescrever medicamentos como:

  • Corticosteróides para reduzir a inflamação no ouvido interno;
  • Supressores vestibulares para vertigem grave;
  • Medicamentos anti-náusea para náusea ou vômito;
  • Antibióticos se a labirintite for causada por uma infecção bacteriana.

Se seus sintomas não desaparecerem, um fisioterapeuta especialista pode ajudar a treinar novamente o cérebro para interpretar as mensagens de equilíbrio do ouvido interno.

Você também pode ajudar a aliviar os sintomas:

  • Descansando durante episódios de tontura;
  • Evitando álcool;
  • Bebendo muita água;
  • Criando um ambiente de baixo ruído e baixo estresse;
  • Evitando luzes brilhantes.

Assista ao vídeo e saiba mais:

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Artigo Publicado em: 9 de janeiro de 2019 e Atualizado em: 06 de dezembro de 2022

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