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Sobreviventes de AVC deprimidos podem ter um risco triplicado de morrer mais cedo e quatro vezes o risco de morte por acidente vascular cerebral do que as pessoas que não tiveram um acidente vascular cerebral ou depressão, de acordo com um estudo da Academia Americana de Neurologia.
A pesquisa incluiu dados de 10.550 pessoas entre as idades de 25-74 anos, que foram acompanhadas por 21 anos. Destes, 73 tiveram um acidente vascular cerebral, mas não desenvolveram depressão, 48 tiveram um acidente vascular cerebral e depressão, 8.138 não tiveram um acidente vascular cerebral ou depressão e 2.291 não tiveram um derrame, mas tiveram depressão.
Após considerar fatores como idade, sexo, raça, educação, nível de renda e estado civil, o risco de morrer de qualquer causa foi três vezes maior nos sobreviventes de AVC deprimidos, em comparação com aqueles que não tinham tido um acidente vascular cerebral e não estavam deprimidos.
O risco de morrer de acidente vascular cerebral foi quatro vezes maior entre aqueles que tiveram um acidente vascular cerebral e estavam deprimidos em comparação com pessoas que não tinham tido um acidente vascular cerebral e não estavam deprimidos.
“Uma em cada três pessoas que tem um acidente vascular cerebral desenvolve depressão. Isto é algo que precisa ser compartilhado com os membros da família do paciente, que precisam estar atentos a este aspecto para ajudar o familiar. A pesquisa destaca a importância da triagem e do tratamento da depressão em pessoas que sofreram um acidente vascular cerebral”, diz o neurologista, Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140.
A maioria d0s sobreviventes de AVC deprimidos tem alguma incapacidade pós-AVC. Embora a reabilitação não recupere os danos cerebrais, ela pode melhorar consideravelmente a capacidade funcional levando a uma melhor qualidade de vida.
Pessoas que tiveram um AVC necessitam de acompanhamento, a longo prazo, e monitoramento para garantir que eles adotem estratégias preventivas e controle adequado dos fatores de risco, além de terapia dirigida para otimização de suas atividades de vida diária, mobilidade, espasticidade, dor, continência, comunicação, humor e cognição.
Após o AVC, os músculos paralisados podem se contrair involuntariamente (encurtar ou flexionar) e criar rigidez e tensão (espasticidade). A espasticidade no braço pode causar o punho fechado, o cotovelo dobrado e o braço pressionado contra o tórax. A espasticidade pode prejudicar a capacidade de realizar atividades cotidianas, como se vestir.
“Sobreviventes de um AVC podem sofrer de depressão. Sobreviventes de um AVC que estão deprimidos podem ser menos capazes de seguir os protocolos de tratamento e reabilitação. Eles podem também ter uma maior tendência à irritabilidade. A recuperação da depressão pode demorar algum tempo. Para facilitar a reabilitação é essencial que o paciente tenha acesso à ajuda profissional, bem como receba apoio emocional contínuo de seus familiares e amigos”, afirma o neurologista Willian Rezende.
As associações de pacientes, quando bem organizadas, auxiliam pacientes e familiares a enfrentar os problemas pós-AVC, garantindo um tratamento digno para os pacientes, e assegurando o acesso aos direitos dos pacientes com AVC.
Popularmente conhecido como AVC, o Acidente Vascular Cerebral pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito, causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Dividido em dois subtipos, isquêmico e hemorrágico, o AVC pode ser evitado com a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável, abandono dos hábitos de fumar e ingerir álcool frequentemente.
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