No dia 13 de fevereiro de 2011, a repórter da CBS, Serene Branson, preocupou os espectadores do Grammy, quando, aparentemente, os primeiros sintomas de um acidente vascular cerebral (AVC) começaram a se manifestar quando a jornalista estava no ar. Depois que Branson começou a falar devagar e arrastadamente, os paramédicos entraram em cena e a socorreram.
Felizmente, ficou estabelecido que os sintomas da jornalista estavam relacionados a uma enxaqueca complexa, porque se tivesse sido um acidente vascular cerebral, ela teria feito a coisa errada, pois após o atendimento dos paramédicos, ela foi para casa, quando deveria ter ido direto para um hospital.
“Nos casos de AVC, quanto mais cedo o atendimento neurológico é realizado, mais chances do cérebro ser salvo”, orienta o neurologista, Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140.
O AVC é a quarta causa de morte e uma das principais causas de incapacidade nos Estados Unidos, de acordo com a American Stroke Association (ASA). Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, o AVC é a principal causa de morte no Brasil e a principal causa de incapacidade no mundo. A cada 5 minutos um brasileiro morre em decorrência do AVC, contabilizando mais de 100 mil mortes por ano.
“Existem dois tipos de AVC: o isquêmico, que responde por 87% dos casos, e ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular, e o hemorrágico, que é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravazamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnoideo (hemorragia subaracnoide)”, explica o neurologista.
Os principais sintomas:
Sintomas menos frequentes (mas ocorrem frequentemente em mulheres):
3 testes fáceis para avaliar os sintomas:
“Se você identificar qualquer um destes sintomas, ligue urgentemente para o SAMU (192) ou vá imediatamente para um hospital preparado para atender casos de AVC. Tempo perdido é cérebro perdido. Quanto mais cedo o paciente recebe atendimento médico, melhor o resultado. Se você tem escolha, aguarde os paramédicos ao invés de dirigir com o paciente no carro. Os pacientes que são transportados por serviços de emergência são avaliados muito mais rápido do que as pessoas que são transportadas em carros particulares aos serviços de emergência”, recomenda Willian Rezende.
Enquanto espera pelo atendimento de emergência, observe o tempo passado entre o início dos sintomas e a chegada dos paramédicos. “Há intervalos de tempo após o qual certas drogas não podem ser utilizadas para tratar um AVC. Não dê a aspirina ao paciente. Um acidente vascular cerebral é um evento no cérebro, não um ataque cardíaco. Você não pode dizer que tipo de acidente vascular cerebral a pessoa está tendo. Se é hemorrágico, a aspirina fará com que o cérebro sangre mais”, avisa o neurologista.
O médico destaca que é importante procurar atendimento médico mesmo que os sintomas desapareçam. “Em um ataque isquêmico transitório (AIT), os sintomas geralmente duram apenas alguns minutos, mas ele é um aviso de que um grave acidente vascular cerebral pode estar chegando. A melhor maneira de tratar um acidente vascular cerebral é não deixando que ele progrida. Esta é uma oportunidade para tentar impedir um AVC”, explica.
Popularmente conhecido como AVC, o Acidente Vascular Cerebral pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito, causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Dividido em dois subtipos, isquêmico e hemorrágico, o AVC pode ser evitado com a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável, abandono dos hábitos de fumar e ingerir álcool frequentemente.
Compartilhar:
Agende sua Consulta!
Tags:ataque isquêmico transitório, atendimento de emergência, AVC hemorrágico, AVC isquêmico, neurologista, neurologista em são paulo, neurologista Willian Rezende do Carmo, sinais de um AVC
Todos os utilizadores da plataforma se comprometem a divulgar apenas informações verdadeiras. Caso o comentário não trate de uma experiência pessoal, forneça referências(links) sobre qualquer informação médica à ser publicada.
O público pode realizar comentários, alterar ou apagar o mesmo. Os comentários são visíveis a todos.