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Julianne Moore comoveu o mundo como uma paciente com Alzheimer: Não há dúvida de Julianne Moore mereceu o Oscar de Melhor Atriz em Para Sempre Alice, em 2015. Sua interpretação, de uma mulher de 50 anos de idade, apresentando os sintomas iniciais da doença de Alzheimer, é devastadora e compassiva. A deterioração da forma como a personagem amava e conhecia e vida toca o público.
No início do filme, Alice é uma personagem realizada, professora titular e confiante de uma universidade de prestígio em Nova York. Ela é uma mãe que interage ativamente com seus três filhos adultos. Com um filho na faculdade de Medicina e uma filha advogada, ela tem um relacionamento conturbado com a terceira filha, interpretada por Kristen Stewart, a única que optou por não fazer faculdade para tentar ser atriz em Los Angeles.
Em uma das cenas, durante um jantar, mãe e filha discutem sobre as vantagens de um curso superior e a felicidade de ser atriz.
À medida que o filme avança, pequenas coisas começam a desestruturar Alice: ela se perde no campus onde lecionou durante anos, ela se esquece de palavras do seu vocabulário cotidiano… O que seria? Cansaço? Um tumor no cérebro? São perguntas que fazemos quando estamos tendo dias ruins.
Envelhecer e esquecer coisas, especialmente quando se tem uma vida profissional agitada e filhos para cuidar, é normal… Será?
“É neste momento que podemos observar uma dos momentos mais belos do filme: quando a personagem começa a se dar conta que está perdendo a sua capacidade de realizar as coisas do cotidiano. Se você já viu alguém acometido pela doença de Alzheimer, você pode sentir empatia por essa pessoa, mas você não sabe quem é realmente ‘essa nova pessoa’ que está surgindo por trás dos murmúrios verbais, das fragilidades físicas e desses pequenos incidentes diários”, afirma o neurologista, Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140.
Para Sempre Alice também lida com pressões incontáveis sobre os membros da família do paciente com Alzheimer. Antes que a personagem perca completamente a consciência de quem ela é, seu marido, interpretado por Alec Baldwin, desilude-a, sabendo que ela irá perder toda a intimidade e a familiaridade com o círculo familiar. Ainda assim, Alice reconhece que teve um grande casamento e que a vida não pode parar para aqueles que estão ao seu redor só porque ela está doente.
“É a filha, com quem tem uma relação conflituosa, que a acolherá com mais compaixão, revelando ao público o que é verdadeiramente amar alguém tem a doença de Alzheimer: uma escolha nada fácil”, diz o médico.
Willian Rezende recomenda: “quem não viu, deve ver o filme, especialmente se alguém próximo recebeu o diagnóstico da doença de Alzheimer, pois Moore interpreta uma paciente com a doença com tanta humanidade, que é capaz de nos tocar intimamente”, diz.
A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável e progressiva. A maioria das vítimas são pessoas idosas. A doença apresenta sintomas como perda de funções executivas e cognitivas (como a memória), causada pela morte de células cerebrais. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas existentes, retardando a evolução da doença. Os tratamentos indicados são divididos em farmacológicos e os não-farmacológicos.
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