A toxina botulínica é uma potente substância neurotóxica, um complexo proteico, produzido pela bactéria Clostridium botulinum.
Seu consumo, através de alimentos contaminados, é responsável pelo óbito dos indivíduos devido à paralisia de toda musculatura estriada e parada respiratória.
Entretanto, o mesmo efeito, bloqueador intramuscular, quando usado terapeuticamente, causa paralisia muscular seletiva em músculos hiperfuncionais e contribui para o tratamento de muitas
A bactéria anaeróbia esporulada Clostridium botulinum produz oito serotipos distintos de toxina botulínica.
Destes, sete serotipos (neurotoxinas) foram purificados e classificados de A a G. A toxina botulínica tipo A é reconhecida como a mais potente e, portanto, a mais utilizada atualmente na medicina.
O uso terapêutico da toxina botulínica foi iniciado em diversos campos no século XX. Ela passou a ser utilizada em todas as situações em que a contração muscular se sobressaia, como nas distonias focais, no torcicolo espasmódico, na cãibra do escrivão, dentre outras condições.
No final dos anos 80 e início dos 90, foi introduzida na Neurologia quando sua aplicação se mostrou efetiva e benéfica como forma de promover relaxamento muscular em músculos espásticos.
A aplicação da toxina botulínica é antes de tudo, um ato médico, ou seja, requer o diagnóstico médico, que pode ser feito por um dermatologista, um cirurgião plástico, um oftalmologista , um uroginecologista ou um neurologista, antes da realização do procedimento.
Não basta que o paciente querer fazer uma aplicação de toxina botulínica, ele precisa de orientação médica para saber se esta é realmente a melhor opção terapêutica para o seu caso.
No campo da Neurologia, a aplicação da toxina botulínica tipo A tem indicações para tratar:
As opções de toxina botulínica aprovadas pela Anvisa hoje são conhecidas pelos nomes comerciais de Botox, Dysport, Xeomin, Prosygne e Botulift. Esses produtos, disponíveis no mercado brasileiro, possuem diferentes indicações aprovadas, tanto no uso cosmético como terapêutico.
Os efeitos colaterais resultantes da aplicação da toxina botulínica, em pacientes neurológicos, são mínimos e pouco frequentes. Dentre eles, os mais importantes são dor, devido à realização da infiltração, edema e equimose no local da aplicação. Um efeito colateral, muito raro, é o risco da produção de anticorpos antitoxina botulínica nos pacientes submetidos a reaplicações frequentes, o que promove uma diminuição na resposta terapêutica.
A aplicação de toxina botulínica possui contraindicações absolutas. Ela não deve ser usada em patologias que promovem fraqueza muscular excessiva, como miastenia gravis e miopatias; deve ser usada com cautela em pacientes que façam uso de medicação anticolinérgica por, neste caso, exacerbar sua ação. Não é aconselhável utilizá-la com qualquer droga que possa interferir na transmissão neuromuscular, tais como antibióticos aminoglicosídeos. Por conter albumina humana não deve ser utilizada por pacientes sensíveis a albumina. Como qualquer outra droga é proibido seu uso durante a gestação ou amamentação.
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