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Pressão arterial elevada na meia-idade pode afetar a memória

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Memória / Alzheimer

Publicado: 8 de janeiro de 2017 | Atualizado: 18 de fevereiro de 2019

Uma nova pesquisa sugere que a pressão arterial elevada na meia-idade pode desempenhar um papel crítico na terceira idade, afetando a memória e o pensamento. O estudo foi publicado on-line no Neurology ®, jornal médico da Academia Americana de Neurologia.

As descobertas trazem uma nova visão sobre a relação entre história de pressão arterial elevada, pressão arterial elevada em idade avançada e os efeitos da pressão arterial nas estruturas do cérebro, na memória e no pensamento.

Para o estudo, 4.057 participantes idosos livres de demência tiveram sua pressão arterial medida na meia-idade, (idade média de 50 anos). No fim da vida (idade média de 76 anos), a pressão arterial foi recalculada e os participantes foram submetidos a exames de ressonância magnética que analisaram a estrutura e os danos aos pequenos vasos no cérebro. Eles também realizaram testes que mediram a capacidade de memória e pensamento.

“O estudo constatou que a associação de pressão arterial alta na velhice e de danos cerebrais dependia de uma história de pressão alta na meia-idade. As pessoas mais idosas, sem uma história de pressão arterial elevada prévia, mas que atualmente tem pressão arterial elevada têm um risco aumentado de lesões cerebrais, sugerindo que a redução da pressão arterial para essas pessoas pode ser benéfica. Por outro lado, idosos com histórico de pressão arterial elevada, mas que atualmente têm pressão arterial mais baixa, podem ter danos mais extensos no cérebro, além de estarem em risco de encolhimento do cérebro e de problemas de memória e de pensamento. Por isso é tão importante o controle da hipertensão arterial durante toda a vida”, defende o neurologista, Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140. 

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Hipertensão x pressão alta

Hipertensão e pressão alta são nomes diferentes para o mesmo problema. A pressão é considerada anormal quando igual ou acima de 14 por 9. Infelizmente, a pressão alta não tem cura, mas tem tratamento. Com ele é possível controlar a pressão arterial de forma a não prejudicar o organismo. Os remédios para o tratamento da pressão alta não causam impotência, mas a própria pressão alta, quando não tratada corretamente, pode provocar impotência.

“Os hipertensos devem ir a consultas periódicas, mesmo que estejam se sentindo bem. A maioria das pessoas hipertensas não sente nada. A hipertensão não dá sinais e nem sintomas de que já está se instalando no organismo. Por isso é conhecida como a Inimiga Silenciosa. Tontura, palpitação, dor no peito, zumbido nos ouvidos e visão de pontinhos brilhantes são sensações comumente relatadas pelos hipertensos quando a pressão sobe rapidamente. Mas nem sempre esses sintomas aparecem. Portanto, fique atento a esses fatos, mesmo que ocorram de forma isolada. E lembre-se de uma coisa muito importante: algumas pessoas não sentem nada disso”, explica o neurologista. 

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É um erro pensar que a pressão aumenta conforme a idade. O idoso deve ter a pressão igual à de um adulto jovem. Quando o pai ou a mãe são hipertensos, a chance de o filho ter hipertensão é de 25%. Quando ambos são hipertensos, há 60% de chance do filho também ter a doença.

O tipo de tratamento e a medicação variam de acordo com a pessoa, dependendo da existência ou não de complicações causadas pelo avanço da doença. O remédio de hipertensão deve ser tomado para sempre porque a doença não tem cura. Há muitas medidas que podem ajudar a abaixar a pressão independentemente do uso de medicamentos para controle da pressão. O conjunto destas medidas recebe o nome de tratamento não medicamentoso para hipertensão. Perder peso é a forma mais efetiva para controlar a pressão sem usar remédios, e não é necessário perder muito peso, em média, uma perda de 5 Kg abaixa a pressão em 5 mm Hg. Fazer exercícios ajuda no controle da pressão, o efeito do exercício físico sobre a queda da pressão arterial é independente da perda de peso que ele pode proporcionar.

Além disso, sabe-se que a atividade física não diminui o risco cardiovascular somente através da queda na pressão, melhora também o nível de colesterol e o perfil glicêmico. O objetivo deve ser: 30 minutos de atividade aeróbia, pelo menos três vezes por semana. Beber álcool em quantidade moderada traz benefício cardiovascular, mas o consumo de mais de dois drinks diariamente provoca elevação da pressão. Diminuir o consumo de sal é uma medida efetiva em alguns hipertensos, mas se há excesso de peso, perder peso é mais importante.

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“Aumentar o consumo de potássio ajuda no controle da pressão, isto pode ser feito através do aumento no consumo de frutas e verduras. Parar de fumar não ajuda no controle da pressão, mas diminui muito o risco de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral(derrame). O tratamento da pressão sem uso de medicação pode ser indicado como medida isolada em pacientes com pressão abaixo de 140x 90, desde que não haja outros fatores de risco cardiovascular, lesão em órgãos alvo de hipertensão, doença cardiovascular ou diabetes mellitus”, diz o médico.

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Memória / Alzheimer

A Doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável e progressiva. A maioria das vítimas são pessoas idosas. A doença apresenta sintomas como perda de funções executivas e cognitivas (como a memória), causada pela morte de células cerebrais. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas existentes, retardando a evolução da doença. Os tratamentos indicados são divididos em farmacológicos e os não-farmacológicos.

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