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Esclerose múltipla e aleitamento materno: saiba mais

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Esclerose Múltipla

Publicado: 24 de julho de 2016 | Atualizado: 15 de dezembro de 2016

As mulheres com esclerose múltipla (EM) que pretendem amamentar seus bebês exclusivamente por dois meses tem um risco menor de recaída durante os primeiros seis meses após o parto em comparação com as mulheres que não amamentam exclusivamente, defende um artigo publicado online pela JAMA Neurology.

Cerca de 20-30% das mulheres com EM experimentam uma recaída nos primeiros três a quatro meses após o parto e não há intervenções para a prevenção eficaz de recaída pós-parto.

O efeito da amamentação exclusiva sobre o risco de recaída da EM no pós-parto é controverso,  com resultados de estudo conflitantes. Para o estudo o aleitamento materno exclusivo foi definido como a única fonte alimentar do bebê por pelo menos dois meses em comparação com a amamentação não exclusiva, que foi parcial ou nenhuma amamentação.

Os autores observaram que o efeito da amamentação exclusiva “parece ser plausível”, já que a atividade da doença retornou na segunda metade do ano, no pós-parto, em mulheres que amamentaram exclusivamente, correspondente à introdução da alimentação suplementar e ao retorno da menstruação.

A introdução da alimentação com fórmula regular ou com alimentos sólidos a uma criança leva a uma mudança no status hormonal da mulher, resultando no retorno à ovulação.

“No conjunto, os resultados indicam que as mulheres com EM devem ser apoiadas, se optarem por amamentar exclusivamente, uma vez que essa atitude claramente não aumenta o risco de recaída pós-parto. Recaídas nos primeiros seis meses pós-parto podem ser diminuídas pela amamentação exclusiva, mas uma vez que a alimentação regular  é introduzida, a atividade da doença provavelmente pode voltar”, afirma o  neurologista, Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140.

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Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla é a principal doença imunológica do Sistema Nervoso Central. Ela afeta o cérebro e a medula espinhal por meio de lesões inflamatórias que podem ser leves ou intensas, levando à ruptura da fibra neural, responsável pelo impulso nervoso. Isso implica que a esclerose múltipla é uma doença de caráter inflamatório e neurodegenerativo, uma vez que ela afeta e rompe os neurônios.

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