Um estudo apresentado durante a reunião anual da Associação Americana de Medicina Eletrodiagnóstica e Neuromuscular acrescenta mais credibilidade a uma crescente consciência da alta prevalência de deficiência de vitamina D nos pacientes com doenças neuromusculares.
Trabalhos anteriores demonstraram que a deficiência de vitamina D é comum em desordens neurológicas, tais como a esclerose múltipla, a miastenia grave e a doença de Parkinson.
O estudo atual sugere que esta preocupação pode ser mais prevalente em outras condições neuromusculares também. A suplementação com vitamina D é sugerida para melhorar a função em pacientes idosos em risco de quedas, bem como em indivíduos com miastenia gravis e doença de Parkinson.
“Enquanto a conexão entre a deficiência de vitamina D e a doença neurológica é complexa e ainda não totalmente compreendida, este estudo pode levar o neurologista a verificar os níveis de vitamina D em seus pacientes com problemas neurológicos sempre que necessário”, afirma o neurologista, Willian Rezende do Carmo, CRM-SP 160.140.
Vitamina D
A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. Afinal, ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância. Alguns alimentos, especialmente peixes gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Ela também pode ser produzida em laboratório e ser administrada na forma de suplemento, quando há a deficiência e para a prevenção e tratamento de uma série de doenças.
A vitamina D é necessária para a manutenção do tecido ósseo, ela também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a esclerose múltipla, e no processo de diferenciação celular, a falta deste nutriente favorece 17 tipos de câncer.
Esta substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a síndrome metabólica que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2.
O consumo da vitamina D é essencial para as gestantes, a falta dela pode levar a abortos no primeiro trimestre. Já no final da gravidez, a carência do nutriente favorece a pré-eclâmpsia e aumenta as chances da criança ser autista.
A esclerose múltipla é a principal doença imunológica do Sistema Nervoso Central. Ela afeta o cérebro e a medula espinhal por meio de lesões inflamatórias que podem ser leves ou intensas, levando à ruptura da fibra neural, responsável pelo impulso nervoso. Isso implica que a esclerose múltipla é uma doença de caráter inflamatório e neurodegenerativo, uma vez que ela afeta e rompe os neurônios.
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