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Síncope, ou desmaio, é uma perda transitória da consciência e da força muscular, associada à incapacidade de manter-se de pé, caracterizada por um início brusco e de curta duração, com recuperação espontânea.
Os termos populares “desmaio” ou “desfalecimento” são sinônimos muito utilizados do termo médico “síncope”. A síncope não é uma doença propriamente dita, mas sim um sintoma que pode ocorrer em diversas condições patológicas.
A síncope vasovagal ou síndrome vasovagal, também chamada de síncope neuro-mediada ou síncope neurocardiogênica, pode ser considerada de duas formas:
A síndrome vasovagal pode ser precipitada pelo jejum, exercício, esforço abdominal ou circunstâncias que promovem vasodilatação, como o calor e o álcool, por exemplo.
Os ambientes fechados e de aglomeração de pessoas, como elevadores, igreja e salão de beleza tendem a desencadear a síndrome. A síncope vasovagal quase sempre ocorre em resposta a um fator desencadeador.
Os gatilhos mais típicos são o tempo prolongado em pé ou sentado, durante a micção; levantar-se muito rapidamente; procedimentos médicos como uma biópsia; estresse; trauma; taquicardia ortostática; estímulos dolorosos ou desagradáveis, como cólicas menstruais intensas, por exemplo; hipersensibilidade à dor; atividades excitantes ou estimulantes; emoções extremas e súbitas; privação de sono; desidratação; estado de fome; exposição a altas temperaturas; compressão em certos lugares do corpo, como na garganta, seios e olhos; uso de certos fármacos e substâncias tóxicas como cocaína, álcool, maconha, inalantes e opiáceos; ver sangue e baixa taxa de açúcar no sangue.
A síndrome vasovagal está relacionada à ativação inapropriada do nervo vago, que faz parte do sistema nervoso parassimpático. Normalmente, o volume de sangue circulante é relativamente baixo, se a pessoa, por exemplo, tem uma dieta com pouco sal ou tem uma tendência a não retenção de sal, o que facilita os ataques.
A vasodilatação promovida pelo calor agrava ainda mais esse efeito. Há também uma etapa adrenérgica: se há medos ou ansiedade agudos ou fobias, o coração é demandado a bombardear mais sangue. Esta resposta é colocada em movimento por meio do sistema nervoso simpático. A elevada atividade simpática é modulada pelo nervo vago, que nestes casos compensa com a desaceleração excessiva da frequência cardíaca. Se mesmo assim o coração for incapaz de cumprir o requisito do bombeamento necessário, haverá um baixo volume de sangue, com diminuição do aporte para o cérebro e desmaio consequente.
A síndrome vasovagal pode ocorrer em qualquer faixa etária, no entanto, é mais comum em jovens entre 10 e 30 anos. Os episódios em geral são recorrentes e invariavelmente ocorrem quando a pessoa está na posição vertical. Quase sempre ocorrem quando a pessoa predisposta é exposta a um gatilho específico. Antes de perder a consciência, o indivíduo experimenta tonturas, náuseas, a sensação de estar quente ou frio, sudorese, zumbido, sensação desconfortável no coração, pensamentos difusos, confusão, uma ligeira incapacidade de falar, fraqueza, distúrbios visuais e sentimento de nervosismo. Esses sintomas duram por alguns segundos e normalmente acontecem quando a pessoa está sentada ou em pé. Quando caem no chão ou se deitam, o fluxo sanguíneo para o cérebro é imediatamente restaurado e as pessoas se recuperam rapidamente (menos que cinco minutos), habitualmente sem sonolência ou confusão mental.
Uma história médica detalhada é essencial. Os exames médicos realizados para uma avaliação precisa podem ser teste de inclinação ortostática, eletrocardiograma, monitor Holter, ecocardiograma e eletroencefalografia. Um diagnóstico diferencial deve ser feito com outras condições médicas que também produzem desmaios. Por exemplo, uma duração da perda da consciência maior que cinco minutos e um despertar confuso e desorientado podem sugerir o diagnóstico de epilepsia. Desmaios também podem estar associados a problemas mais graves, como arritmias cardíacas e crises convulsivas.
Não existe um tratamento específico para a síndrome vasovagal. Geralmente os cuidados são comportamentais e centram-se no controle dos gatilhos e na restauração do fluxo sanguíneo para o cérebro durante um episódio iminente e medidas que interrompam ou impeçam o mecanismo fisiopatológico que leva aos desmaios.
Se o gatilho é mental ou emocional, como, por exemplo, a visão de sangue, exercícios baseados em exposição progressiva, orientados por terapeutas experientes, apresentam uma grande redução das síncopes. No entanto, se o gatilho é um medicamento específico, a supressão dele é o tratamento recomendado.
O paciente pode mover ou cruzar as pernas ou contrair os músculos delas para evitar que a pressão arterial caia drasticamente. Antes dos eventos conhecidos que normalmente desencadeiam o episódio o paciente deve aumentar o consumo de sal e líquidos para aumentar o volume de sangue. Alguns medicamentos têm sido prescritos, como betabloqueadores e estimulantes do sistema nervoso central, no entanto, eles têm-se mostrado de pouca eficácia. Além disso, eles podem até mesmo se tornar causas de novas síncopes por redução da pressão arterial e da frequência cardíaca. Para pessoas com a síncope vasovagal em que há um componente cardioinibitório, o implante de marcapasso permanente pode ser benéfico ou mesmo curativo.
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No geral, as pessoas com síndrome vasovagal têm uma vida normal, mas se não forem tomados os devidos cuidados, aumentam-se os riscos de fraturas decorrentes das quedas por desmaio e a sensação de insegurança.
Os pacientes devem ser instruídos sobre como reagir a novos episódios de síncope, especialmente se eles experimentam sinais que antecedem as crises. Algumas orientações básicas são:
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Uma das complicações possíveis são os ferimentos e fraturas devidos a quedas abruptas.
Essas quedas devem ser prevenidas quando há sintomas prodrômicos que antecedem os desmaios.
https://www.abctudo.com.br/video/quando-ocorre-a-sincope-vasovagal/
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