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Evolução da Doença de Parkinson

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Doença de Parkinson

Publicado: 2 de maio de 2018 | Atualizado: 10 de novembro de 2021

A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa que normalmente começa por volta dos 60 anos e causa:

Lentidão de movimentos (bradicinesia);
Rigidez muscular;
Tremores;
Instabilidade postural;
Marcha arrastada;
Congelamento (cessação súbita de movimento);
Acinesia (escassez de movimentos espontâneos).

Manifestações motoras geralmente começam em um lado do corpo e durante a evolução da doença afetam também o outro lado. Os medicamentos existentes tratam basicamente a deficiência de dopamina.

Check list de sintomas de doença de Parkinson
Um questionário com lista de sintomas que podem estar associados ao Parkinson

Evolução da Doença de Parkinson

A maneira como a DP evolui depende do estágio da doença no momento do diagnóstico. Se o diagnóstico for tardio, intermediário ou precoce a evolução da doença será diferente.

Caso ocorra um diagnóstico precoce, ou seja, no início dos sintomas motores da doença (onde é tipicamente mais fácil de fazer um diagnóstico), continuará tipicamente evoluindo ao longo de 20 anos.

Ao longo dessas duas décadas os sintomas motores e não motores progridem. Tipicamente nos primeiros 10 anos os pacientes costumam responder bem aos remédios, apresentando poucas complicações.

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Fase Inicial

Nesse início, podem haver sintomas, mas eles não são graves o suficiente para interferir nas tarefas diárias e no estilo de vida geral. De fato, os sintomas são tão mínimos neste estágio que muitas vezes nem são notados. Além disso, nos primeiros 10 anos a pessoa responde bem aos medicamentos e tem uma melhora ainda maior se praticar atividades físicas.

Como dito anteriormente, um sintoma específico da fase inicial do Parkinson é que os tremores e outras dificuldades no movimento são geralmente exclusivos de um lado do corpo. Os medicamentos prescritos podem funcionar efetivamente para minimizar e reduzir os sintomas nesse estágio.

Próximo ao final dos 10 primeiros anos é quando surgem novas complicações. Os remédios passam a não ser o suficiente, os sintomas são muito mais perceptíveis: Rigidez, tremores e congelamento, maior risco de quedas, início da demência do Parkinson, entre outros.

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Fase Intermediária

O início da segunda metade dos 20 anos marca um importante ponto de virada na progressão da doença. O paciente apresenta uma maior probabilidade de perder o equilíbrio e, também, tem os reflexos diminuídos. Seus movimentos ficam mais lentos e, por isso, as quedas se tornam mais frequentes.

O Parkinson afeta significativamente as tarefas diárias nesse estágio, mas as pessoas ainda conseguem completá-las. Medicação adequada combinada com terapia ocupacional pode ajudar a diminuir os sintomas.

Fase Final

Tardiamente, como em qualquer outra doença neurodegenerativa, surgem graves complicações, como: dificuldade em engolir, falar e controlar os esfíncteres. Nessa fase final muitas tarefas diárias podem estar impossibilitadas e o quadro pode ser extremamente perigoso.

Muitas pessoas são incapazes de viver sozinhas nesta etapa do Parkinson devido a diminuições significativas nos tempos de movimento e reação. A doença pode impossibilitar muitas tarefas diárias essenciais.

A rigidez avançada nas pernas também pode causar o congelamento ao ficar de pé, impossibilitando ficar ereto ou andar. Pacientes nesta fase necessitam de cadeiras de rodas e, muitas vezes, não conseguem ficar sozinhas sem cair. É necessária assistência 24 horas para evitar quedas.

30% das pessoas nesse estágio sentem confusão, alucinações e desilusões. Alucinações significam ver coisas que não existam. As desilusões acontecem quando o paciente acredita em coisas que não são verdadeiras, mesmo quando recebe evidências de que sua crença está errada. A demência também é bastante comum, afetando 75% das pessoas com Parkinson. Os efeitos colaterais dos medicamentos nesses estágios posteriores geralmente superam os benefícios.

A Doença de Parkinson por si só não leva ao óbito, mas facilita outras comorbidades (doenças relacionadas) que levam ao óbito, por exemplo, pneumonia, quedas graves, entre outras.

Saiba mais, assistindo ao vídeo abaixo:

Referências:

1 – Assessment of Parkinson Disease Manifestations
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2897716/

 

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Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.

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