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Doença de Parkinson É Agravada por Distúrbios do Ritmo Circadiano

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Doença de Parkinson

Publicado: 29 de abril de 2020 | Atualizado: 29 de abril de 2020

Doença de Parkinson É Agravada por Distúrbios do Ritmo Circadiano – Uma boa noite de sono é fundamental para a nossa saúde e bem-estar. No entanto, para as pessoas com doença de Parkinson (DP), o sono se torna ainda mais importante, pois o corpo precisa de mais tempo para restaurar e se reparar. As alterações cerebrais que fazem parte da DP também podem causar dificuldades para dormir e algumas pessoas têm problemas para dormir mesmo antes que os sintomas do movimento se desenvolvam e a DP seja diagnosticada.

Para saber mais sobre o papel do sono no Parkinson, continue lendo este artigo.

O Sono e a Qualidade de Vida

O sono interrompido pode afetar o humor e qualidade de vida geral do paciente. A falta crônica de um ciclo de sono regular, assim como um sono-vigília irregular, podem ser fatores de risco para a doença de Parkinson.

Check list de sintomas de doença de Parkinson
Um questionário com lista de sintomas que podem estar associados ao Parkinson

Alguns medicamentos para DP podem prejudicar o sono. Outros deixam as pessoas com sono durante o dia. E por isso muitos pacientes relatam sintomas relacionados ao sono.

Mas não somente medicamentos prejudicam o sono no Parkinson, como o sono interrompido pode ser um fator de risco para que o Mal de Parkinson desenvolva-se. doença de parkinson.

Falta de Sono e Efeito nos Sintomas

Pesquisadores observaram que os distúrbios do ritmo circadiano, que existem antes do início de Parkinson, pioram dramaticamente os déficits motores e de aprendizagem provocados pela doença.

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O novo estudo é o primeiro a demonstrar que um fator ambiental – a exposição diária crônica a longos períodos de luz com uma breve exposição ao escuro, o que altera o ritmo circadiano – pode exacerbar os sintomas da doença de Parkinson. Os resultados foram publicados na revista Molecular Psychiatry.

Os doentes com doença de Parkinson sofrem frequentemente de distúrbios do sono e distúrbios recorrentes do ritmo circadiano. Mas a forma como esses distúrbios impactavam o desenvolvimento e a progressão da doença de Parkinson ainda não estava clara.

Sono Interrompido como Fator de Risco da Doença de Parkinson

Muitos pensavam que os distúrbios do sono são secundários à doença de Parkinson. Mas as perturbações do ritmo circadiano estão cada vez mais relacionadas ao início da doença de Parkinson, o que sugere que elas podem ser fatores de risco para o Parkinson.

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Depois dos 60 anos de idade, a maioria dos casos de doença de Parkinson é idiopático, ou seja, com causa desconhecida. É provável que, nesses casos, a doença surja como um resultado das interações entre os genes e os fatores de risco ambientais.

Estes últimos incluem estresse crônico, distúrbios do sono e distúrbios circadianos, elementos que afetam a função do sistema nervoso central, o que pode contribuir para a patologia que caracteriza o Parkinson.

Porque o Sono Pode Estar Ligado a Doença de Parkinson

Para entender por que uma perturbação do ciclo circadiano agrava a doença de Parkinson, os pesquisadores examinaram os cérebros dos camundongos afetados. Em uma região conhecida como substância negra, eles observaram reduções significativas nos neurônios que produzem dopamina, a perda é uma característica molecular maior do Parkinson.

A substância negra é o epicentro da doença de Parkinson. Células normalmente morrem nesta região do cérebro, mas o estudo mostra que a perturbação do ritmo circadiano acelera a morte celular nesta região. Os resultados desses estudos podem ter implicações importantes para a prevenção e o tratamento da doença de Parkinson em pessoas com perturbações do sono crônicas.

Como Cuidar do Sono e Prevenir

Com essas informações, você agora sabe que o sono é extremamente importante, possivelmente mais ainda do que imaginava, por isso é importante se atentar a maneiras de assegurar a qualidade desse período. doença de parkinson.

Estratégias para Qualidade do Sono

  • Regule seu sono. Procure regularizar seu horário de sono ao manter um horário fixo para ir dormir e para levantar-se. Para pessoas com dificuldade é importante manter esse processo até nos fins de semana.
  • Calcule seu sono. Escolha sua hora de dormir com base em quando você quer se levantar. Planeje passar sete a oito horas por noite na cama.
  • Faça uma rotina para ir dormir. Por exemplo, lanche, banho, escovação de dentes, banheiro – e a repita todas as noites.
  • Exercite-se. Passe algum tempo ao ar livre e se exercite todos os dias, de manhã, se possível, pois a prática pode ajudar o sono, no entanto evite o exercício depois das 20:00 pois exercícios ativam o corpo, prejudicando o sono. doença de parkinson.
  • Terapia de Luz. Se você não puder ir ao ar livre, considere a terapia de luz – sente-se ou trabalhe perto de uma caixa de terapia de luz, disponível em farmácias e lojas de departamento, pois essa prática ajuda o cérebro a ligar o escuro do quarto com a hora de dormir, e a clareza do dia como hora de acordar.
  • Cama Para Dormir. Reserve sua cama para o sono, realizar atividades como trabalho e exercícios na cama pode enganar seu cérebro e atrapalhar o “pegar no sono”. Evite também ler ou assistir televisão na cama.
  • Utilize Bons materiais. Usar lençóis de cetim e pijamas pode ser uma boa opção para aumentar o conforto, pois estes facilitam a movimentação na cama.
  • Minimize o consumo de líquidos antes de dormir. Por pelo menos três horas a para evitar micção noturna frequente.
  • Vá ao banheiro. Realize a micção antes de deitar-se.

Para mais dúvidas sobre a relação do Parkinson com o sono marque uma consulta com seu médico de confiança! doença de parkinson.

Artigo Publicado em: 11 de ago de 2016  e Atualizado em: 29 de Abril de 2020

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Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.

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