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Doença de Parkinson e Depressão

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Doença de Parkinson

Publicado: 26 de setembro de 2019 | Atualizado: 28 de janeiro de 2021

Doença de Parkinson e Depressão – Você sabia que frequentemente a Doença de Parkinson está relacionada a Depressão? De 20% a 50% dos pacientes de Parkinson sofrem também com a depressão. Existem os casos em que a depressão já existia antes do diagnóstico do Parkinson, mas na maioria dos casos a depressão surge como condição subjacente, que se desenvolve pela decepção diária do paciente ao perceber que está ganhando limitações que atrapalham no dia a dia.

Doença de Parkinson e Depressão

A Doença de Parkinson é uma doença progressiva das células nervosas no cérebro que leva a movimentos retardados, rigidez muscular, tremores e outros problemas motores. À medida que as células nervosas se deterioram, elas produzem uma quantidade insuficiente de dopamina, neurotransmissor essencial ao funcionamento do cérebro, relacionado aos movimentos.

A causa do mal de Parkinson é desconhecida e não há cura, embora as opções de tratamento possam ajudar a controlar os sintomas, de acordo com a Fundação da Doença de Parkinson.

Check list de sintomas de doença de Parkinson
Um questionário com lista de sintomas que podem estar associados ao Parkinson

Os efeitos colaterais mentais da doença podem ser muito debilitantes. Nas pessoas com Parkinson, a depressão é muito comum e incapacitante. Cerca de 10 milhões de pessoas vivem com a doença em todo o mundo, e até 60% desse contingente apresenta sintomas de depressão.

Neurologia é a especialidade médica que trata dos distúrbios estruturais do sistema nervoso. Especificamente, ela lida com o diagnóstico e tratamento de todas as categorias de doenças que envolvem o Sistema Nervoso Central.

As doenças Crônicas e o Risco de Depressão

Pessoas com qualquer doença crônica apresentam um risco maior de depressão, e esse risco aumenta conforme a gravidade da doença e o grau de disfunção que ela provoca.

Algumas doenças crônicas, incluindo a doença de Parkinson e a esclerose múltipla, parecem causar alterações que podem levar diretamente à depressão. Os estudos sugerem que essas doenças provocam alterações químicas no cérebro que podem levar à depressão.

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Em um estudo de 2008, pesquisadores descobriram que as pessoas com Parkinson parecem ter um número maior do que o normal de bombas de Recaptação de serotonina, outra substância essencial para o funcionamento do Cérebro.

Recaptação é o nome que se dá a reabsorção de um neurotransmissor através de um transportador neurotransmissor de um neurônio pré-sináptico após este ter exercido a função de transmissor de um impulso neural.

O que é inibir a recaptação da serotonina?
Como classe, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina inibem a recaptação pré-sináptica da recaptação da serotonina, e deste modo aumentam a disponibilidade da serotonina sináptica 1,2. Causam efeitos adversos como os antidepressivos tricíclicos, mas apresentam uma tolerabilidade bem maior que estes 3.

A serotonina está intrinsecamente envolvida nos transtornos do humor e na atividade destas bombas, o que leva a uma redução do nível de serotonina no cérebro, uma possível causa dos sintomas de depressão nas pessoas com Parkinson. Pessoas com Parkinson e depressão tem os sintomas de ambas as doenças de maneira intensificada.

 

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Os Principais Sintomas das Duas Condições Conjuntas

O mais comum sintoma é a fadiga, de acordo com um estudo realizado sobre o tema de depressão nos pacientes portadores de Parkinson 58% das pessoas avaliadas apresentam esse sintoma. A ansiedade aparece próxima a essa estimativa, com 56%.
Outros sintomas são (e a ocorrência em porcentagem dos sintomas nos pacientes avaliados no estudo respectivamente):

  • Dor nas pernas – 38%;
  • Insônia – 37%;
  • Urgência urinária e noctúria – 35%;
  • Salivação excessiva, dificuldade em manter a concentração – 31%;
  • Depressão – 22,5%.

Dos sintomas reportados, o campo psiquiátrico foi o mais acometido – 67%.

Como a Depressão Afeta ainda Mais a Vida do Portador de Parkinson

A depressão é o principal fator a afetar negativamente a qualidade de vida das pessoas com Parkinson. A prevalência de depressão na Doença de Parkinson varia de 20 a 50% e e
é frequentemente associado a uma incapacidade acentuada, progressão rápida dos sintomas motores e aumento de mortalidade dos pacientes.
Existem também inúmeros fatores de risco para o desenvolvimento da depressão nos pacientes parkinsonianos, são eles:

  • Severidade do comprometimento cognitivo;
  • Ser do sexo feminino;
  • Experienciar o início de sintomas parkinsonianos antes dos 40 anos;
  • Histórico de depressão antes do diagnóstico de DP.

 

Doença de Parkinson e depressão – Como se Trata?

A depressão em pessoas com Parkinson é geralmente tratada com uma combinação de terapia e medicação, embora certos medicamentos para depressão possam piorar os sintomas de Parkinson.

De acordo com o neurologista Dr Willian, em alguns casos, os cientistas constataram que tratar os sintomas da depressão juntamente do Parkinson em pessoas que sofrem com as duas doenças em vez de tratar apenas os sintomas motores, melhorou tanto a qualidade de vida quanto os sintomas motores.

Doença de Parkinson e Depressão Tremor Essencial

Para o neurologista dr Willian Rezende, pessoas com Parkinson não devem esperar para falar com seus neurologistas sobre mudanças em seu estado de humor. Pois, a depressão pode variar de sentimentos de tristeza e desânimo a extrema desesperança. Estes sentimentos são diferentes da tristeza e da frustração que uma pode sentir como resultado do diagnóstico de Parkinson.

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Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva, resultante da degeneração das células responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que controla os movimentos, entre outras funções. Seus sintomas costumam afetar o movimento, e o diagnóstico é feito com base no histórico do paciente, avaliação dos sintomas e alguns exames. O tratamento deve ser individualizado, e comumente exige uma abordagem interdisciplinar.

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