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Neuralgia do Trigêmeo

Neurologista - Dr. Willian Rezende do Carmo

Categorias: Conteúdos, Dor

Publicado: 18 de julho de 2023 | Atualizado: 18 de julho de 2023

A neuralgia do trigêmeo é uma doença que se manifesta com sintomas de choque ou, como é dito, paroxismos. Isso é um sintoma que vem e vai embora muito rápido na região do rosto, que é inervada pelo nervo do trigêmeo. Esses choques são bem incapacitantes, uma dor de forte intensidade e, normalmente, não possui uma causa aparente, podendo piorar com a idade.

Continue a leitura deste artigo para conhecer as causas e as formas de tratamento cirúrgico para a neuralgia do trigêmeo.

O que Pode Causar Neuralgia do Trigêmeo?

Não existe uma causa definida, o que se sabe é que existe uma associação de neuralgia do trigêmeo e compressão neurovascular do nervo do trigêmeo.

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Nem todos que têm uma alteração na ressonância de um vaso tocando o nervo trigêmeo terá a neuralgia do trigêmeo. E nem todas as neuralgias terão esse vaso próximo do nervo.

O que se sabe é que quando existe a neuralgia do trigêmeo tendo esse vaso próximo do nervo, uma descompressão desse vaso pode ser um dos tratamentos.

Outra teoria é a possibilidade de existirem pessoas que tenham o nervo mais sensível a qualquer coisa, sendo assim, qualquer vaso encostando nesse nervo pode causar dor.

Achados Diagnósticos

O que é visto nos exames do paciente é que ele não tem uma lesão em que se identifica uma alteração de sensibilidade. Uma coisa diferente do exame físico é a sensibilidade ao toque, chamado de ponto-gatilho.

A neuralgia do trigêmeo tem períodos de crises e melhoria, no entanto, tende a ir piorando com o tempo. Algumas vezes, acaba se tornando refratária, não melhorando com medicação.

Tipos de Tratamento

Dependendo do que seja a etiologia da doença e da condição clínica do paciente, podemos indicar um diferente tipo de cirurgia. Nesses casos, estão indicados os seguintes tratamentos cirúrgicos para tentar aliviar a dor desse paciente:

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Descompressão Neurovascular

Se o paciente tiver uma boa condição clínica, tendo um baixo risco cirúrgico e um exame que mostra compressão do nervo do trigêmeo, a opção é fazer uma descompressão neurovascular.

Durante a Descompressão Neurovascular separamos o nervo dolorido do vaso afetado usando uma pequena “esponja” ou almofada de Teflon. Esse amortecimento alivia a pressão sobre o nervo e permite que ele cicatrize.

Opções Percutâneas

Para aqueles pacientes que não toleram uma cirurgia mais invasiva, se tem opções menos invasivas, chamadas de opções percutâneas.

Colocando uma agulha pelo forame oval, é possível fazer uma lesão do nervo do trigêmeo, por radiofrequência ou balão. A radiofrequência esquenta o nervo e o balão acaba por esmagar o nervo.

O aspecto negativo é o fato dessas cirurgias causarem uma lesão. Sendo assim, é possível que exista um efeito colateral que é perder a sensibilidade na região do nervo, com consequente perda de força na mastigação.

Existe também a possibilidade de que o paciente tenha uma complicação chamada de anestesia dolorosa, ou seja, ele não sente aquela região do nervo, porém, pode sentir dor.

Radiocirurgia

Outra possibilidade de tratamento para a neuralgia do trigêmeo é fazer a radiocirurgia, que consiste em fornecer uma quantidade de radiação ao nervo. Nesse tipo de tratamento não será preciso fazer nenhum tipo de incisão no paciente, mas existem algumas complicações de dor por lesão do nervo.

Resultados

Todos esses tipos de tratamento podem perder o efeito com tempo.

  • Na descompressão neurovascular costuma haver uma melhora de 80% em 10 anos;
  • A radiofrequência começa a ter uma melhora por volta de cinco anos e depois começamos a observar uma piora;
  • No tratamento com balão, por volta de 3 a 5 anos começamos a identificar uma perda do efeito;
  • A radiocirurgia pode demorar um pouco para fazer efeito. E após 3 anos pode começar a perder esse efeito.

Não espere a dor se tornar muito frequente para buscar atendimento médico. Procure um especialista para identificar qual é o melhor procedimento para seu caso.

Autor: Victor Rossetto

Artigo Publicado em: 26 de outubro de 2020 e Atualizado em: 18 de julho de 2023

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